quinta-feira, 29 de novembro de 2012

29/20



No dia 29 de novembro de 1992, faziam exatos quatro anos e vinte e sete dias, que eu havia nascido. Embora naquela época eu não fizesse noção de nada - pois era novo demais para entender sobre as coisas da vida - aquele dia, era um dia especial, no qual no futuro, mudaria o rumo da minha vida, dando um sentido único à ela. O meu destino dependeria deste dia, pois foi quando Deus me deu a oportunidade de ser feliz. Um anjo compreensível, amável, frágil, sensível, belo e de um coração enorme, havia nascido. E este anjo, em 2012, seria minha salvação, me salvaria da escuridão do mundo e da solidão.

Você é a única que me conhece melhor que ninguém. Sabe exatamente tudo sobre minha vida, sabe sobre minhas dificuldades e sobre minhas alegrias. Me fez crescer, me fez amar e ver que o amor não tem limites quando se é verdadeiro. Por isso, agora, venho aqui lhe escrever um quarto do que você significa para mim, dizer que hoje não é só o seu dia, mas sim o nosso, pois se não fosse por este dia, tenho certeza que jamais seria feliz. Obrigado por ter acreditado em mim, isso foi crucial para a gente se tornar o que somos hoje, para existir um nós

Estava aqui lembrando... Uma vez lhe disseram que ao me escolher, você havia mudado o rumo do seu destino, mas quer saber o que eu acho? Que no fundo, este sempre foi seu verdadeiro destino, afinal, o destino é a única coisa que não se modifica.

Eu amo você, e não é pouco, você sabe. Feliz aniversário, amor. Que Deus te dê muita paz, saúde, prosperidade e muitas outras coisas. Você merece e que este aniversário -  assim como os outros que já se passaram - seja o início de muitos outros que comemoraremos... juntos.

Ad Infinitum.
Take me to L.A.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Murder My Heart


Don't wanna let this moment slip away
Cause I-I have something that I really need to say
And it's killing me inside
I think that you don't understand
How I-I would give you all I have and all I am
Till the end of time

(...)

Baby I can't breath, when my arms around you
Baby it kills me cause now that I found you
Your love is like a weapon girl, I can't live without you
You're so beautiful, it's tearing me apart
You murder my heart 
You murder my heart 

I need to catch my breathe with you sometimes
Cause I-I get dizzy when your body's touching mine
Girl you're killing me inside
The way you move is much too sexy baby
So I-I surrender to your hands, your lips, your taste
And I'm telling you tonight.

Murder My Heart (Feat. Michael Bolton) - Lady GaGa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Rest in peace bro



A tristeza nos inunda quando perdemos alguém que amamos, que admiramos e não importa se na vida da pessoa, somos incógnitas, apenas desconhecidos, meros fãs, pois se amamos, se gostamos... sofremos, choramos.

Na noite do dia primeiro, eu já estava péssimo com algumas coisas que haviam acontecido comigo, e então, para piorar, quando o dia clareou, recebi a notícia que o Mitchell Adam Lucker, após um acidente com sua moto, faleceu no hospital. Foi um baque, mal acreditava, "O Mitch não, cara... Não pode ser...", sinceramente, li umas duas, três vezes para ter certeza que aquilo não era uma pegadinha, que a morte dele realmente acontecera. Sofri, chorei, relembrei. Lembrei da vez que o vi cantando, naquele pequeno palco do inferno club, pertinho de todos nós. Sabe, nisso tudo, há uma coisa engraçada... Na hora de sua morte, eu estava online, escrevendo um texto de aniversário para uma pessoa. Irônico, né? A vida é injusta, mas o que poderíamos esperar se aqui, de fato, é o próprio inferno, não é? Prezo pela sua alma, não só porque eu te admiro, mas porque além de ter sido um pai exemplar, você tinha caráter, era meio maluco, mas tinha um bom coração. É como dizem, há males que vem para o bem, e se você se foi, foi para ficar em um lugar muito melhor.

Sei que irei chorar muito mais, porque no dia seguinte à sua morte, será meu aniversário e de presente, receberei a ti em luto.

2012 foi o fim do mundo, não para mim, mas para inúmeras pessoas que eu admiro/admirava. Dentre todas essas, a perda mais dolorosa, está sendo a sua, Mitch. Daqui alguns anos, no ano que vem para ser mais exato, muitos já terão esquecido de você, mas tenha a certeza de que assim como a sua família, jamais te esquecerei.

"Combater e morrer, é pela morte derrotar a morte, mas temer e morrer, é fazer-lhe homenagem com um sopro servil." - William Shakespeare.

Você sempre combateu a morte, Mitch, sempre viveu loucamente, sem ter nada a temer. E é assim que sempre me lembrarei de você; pulando, gritando, berrando, cantando, pois você sim curtia a vida, você viveu sem pensar no amanhã. Sempre estará em meu coração, cara. E essa é minha homenagem para você.

Rest in peace bro.
Take me to L.A.

Hoje você, amanhã eu.


(Direitos autorais da foto: @synnemaries via instagram.)

O meu "parabéns" foi meio monossilábico, eu sei, sem muitas palavras, emoções e etc, mas tenha a certeza de que foi proposital, pois queria dar uma passadinha no meu blog, fazer uma surpresinha e postar algo especial para alguém importante para mim, a aniversariante do dia, que por sinal, é você. 

A cada ano que se passa, você faz aniversário um dia anterior ao meu. Inacreditável como os anos passam, não? 18 anos, uh? Idade já tem, só precisa de mais juízo nessa sua cabeça de girico!
Sei que brigamos muito, demais até, mas tudo isso é porque quero seu bem, porque não quero ver alguém abusando do teu bom coração, ou da tua ingenuidade. Cuido de você não só porque devo isso aos teus pais, não só porque você não tem a quem recorrer, mas sim porque me preocupo com o seu bem estar, com a sua saúde, com a sua felicidade, me preocupo com você. Quero vê-la bem e feliz, e cá entre nós, com estas atitudes que anda tomando para a sua vida, não são decisões que teus pais aconselhariam a tomar, ou seja, decisões que futuramente a deixará infeliz. Mas enfim, não venho aqui para falar disso. 
Apesar dos barrancos que é a relação afetiva que temos, sempre dou um jeito de voltar a falar com você, sempre dou um jeito de estar perto de você, e quando me afasto, você me procura, pedindo ajuda para te cuidar. Só volto mesmo a falar com você, porque és muito importante para mim, compartilhamos do mesmo mal que todo escorpiano tem: Extremismo. Então você sabe bem que só vencemos o orgulho próprio, para correr atrás alguém, quando a pessoa é realmente importante, porque conosco é sempre na base do ou é 8 ou 80.

Perder entes queridos, não é algo fácil de superar, mas mesmo assim, isso não é motivo para tomar certas atitudes. Apesar disso, quero que saiba que não importa o que aconteça, não importa as burradas que faça, sempre estarei do teu lado, azucrinando na sua orelha para não cometer mais burradas do que já faz, sempre darei meu ombro amigo, pra você chorar, conversar ou até mesmo ficar no silêncio. Quando se sentir triste, sozinha, ou também feliz, me procure. Me conte como foi seu dia, eu com certeza gostarei de saber. E ah, ainda tomaremos muitos chás, de vários sabores, inclusive, de maçã. 
Me admira olhar para você, saber o turbilhão de coisa nas quais já passou e estar aí, forte e viva. Você é uma pessoa batalhadora e muito forte, por mais que não acredite nisso. Eu tenho orgulho de você. De quem você é. Quero e peço à Deus que te dê mais força do que já tem, que te ilumine, rezo, oro também para ELE te faça bem, que te bote juízo, pois as pessoas são maldosas e nem todas merecem a confiança que depositamos nelas. Te desejo muita paz, saúde, dinheiro, prosperidade em sua vida, tudo de bom, você merece.

Tenha mais amor a si própria, merece coisas boas, que a fazem feliz, não que apenas suprime suas carências. Seja mais ambiciosa, você sempre foi, por que não agora? Volte a ser, pois se continuar neste caminho, só irá se perder.

Esta é a minha "dedicatória" para você. Te amo. Feliz aniversário, J.

1 de novembro, 
Take me to L.A.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Feliz dia do amigo



"Sempre me pego com vontade de escrever sobre sentimentos, todos os que me afligem. Porém confesso, esqueço-me de escrever sobre aqueles que me fazem bem. Aqueles originados por pessoas que estão do meu lado e fazem de tudo para um novo sorriso aparecer. Aqueles alimentados por poucos. Mas nenhum como você.
Confesso que não passou pela minha cabeça que uma simples conversa sobre cor dos olhos iria me aproximar de alguém tão especial. Também lhe falo, não cheguei a sequer pensar que me tornaria tão próxima, ao ponto de te conhecer e te admirar tanto. E você nem imagina o quanto. Ser tua amiga se tornou uma honra pra mim, isso porque posso conviver com uma pessoa que prova dia após dia me querer bem. Uma pessoa cujo coração, embora marcado, é puramente bom. Pode até querer me provar o contrário, mas vejo uma bondade verdadeira dentro de você. É isso que te faz abraçar seus amigos, buscando protege-los do que for possível e do que estiver ao seu alcance. Às vezes até do que não é. 
Posso lhe dizer que já te vi de várias formas. No começo – já lhe contei – me senti atraída por seu jeito tão confiante, tão seguro de si. Um olhar tão maduro pra tudo o que a vida pode oferecer, cheguei a imaginar que nada poderia te surpreender. Depois, em nossas primeiras conversas, me assustei. Parecia tão pessimista e frio. Não costumava esperar nada de bom das pessoas, sabia que a tendência era a decepção. Eu não acreditava nisso, não queria achar que você tinha razão. Logo eu, coberta com minha visão romancista. E foi então que pude me surpreender. Você não era pessimista, e sim realista. Preferia me contar a verdade a aumentar os degraus pra que meus tombos fossem cada vez maiores. E melhor! Manteve-se firme pra me provar que nem todos eram ruins. Nem todos procurariam me machucar de alguma forma. Há pessoas que surgem para nos amparar, nos apoiar. Nos conquistar de uma maneira boa, nos ajudar a cuidar de nós mesmos. E essa pessoa pra mim é você. 
Portanto quero lhe agradecer. Agradecer porque você está do meu lado, mesmo que na maior parte do tempo eu seja sensivelmente insuportável. Agradecer por querer meu bem, mesmo quando fujo dessa trilha. Mesmo quando sabe que eu optei por me machucar. Agradeço pela paciência, pelo carinho, pelo amor de amigo. Um amor no qual posso confiar sem medo de me decepcionar. Por querer estar ao meu lado, por querer ser a pessoa sincera que raramente tive a chance de conhecer.
E sim, eu te amo. Do meu jeito torto, complicado, até um pouco irritante. Te amo e lhe digo que farei de tudo pra ser uma amiga que você merece ter. Tá... Idiota, maluca, não posso evitar ser. Mas sim capaz de fazer tudo em busca da sua felicidade. Estamos juntos, amigo. Não vou lamber seu catarro, mas né. O sentimento é verdadeiro!     A."

Saber, ler, ter a certeza de que temos alguém no qual podemos confiar sem temer, confiar com a alma, com o seu ser, é a melhor coisa que uma pessoa pode querer e esperar de um amigo, no meu caso, uma amiga. Pois uma amizade sincera, nos alegra, nos faz amar, como também nos faz sofrer, nos faz chorar, mas na maioria das vezes, nos faz sorrir, pois amigos de verdade, são para nos fazer feliz.
Por mais que a gente brigue por motivos fúteis (hoje é um exemplo disso), você sabe meus sentimentos sinceros e belos por você. Feliz dia do amigo, sua linda. Obrigado por tudo, principalmente por este texto lindo e maravilhoso. 
Sou grosseiro uma vez ou outra com você, mas tu sabes, é porque quero o seu bem, pois não gosto quando te magoam. 
Quero que saiba que é maravilhoso saber, que para todos os casos, horas e minutos, tenho alguém(além da Maíra), que posso contar sempre; Você. Eu te amo, minha querida amiga.

Feliz dia do amigo!
Take me to L.A.  

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A estrada da vida


 A estrada da vida, pode ser longa, curta.  Tudo depende de cada um de nós, pois a vida de cada um, está interligada com a vida dos outros. Mesmo que às vezes, seja indiretamente. A morte, é simples, é rápida, como um piscar de olhos, como uma simples uma distração.

 Seus pensamentos eram mortíferos, transtornados, porém, não eram tão insanos quanto pareciam.

- Por que, cara? Por quê?!
- Você não sabe o que se passa, Djow.

 Foram suas ultimas palavras. Levantou-se da cadeira, caminhou normalmente na direção do banheiro, entrou, fechou a porta e se acomodou no vaso sanitário. Com a arma na mão, fez o sinal da cruz - estava pedindo perdão pelo que a seguir, iria fazer -, colocou o cano da sua Desert Eagle próximo a orelha direita. Estava decidido, então, sem enrolação, sem nem se quer pensar, ele apertou o gatilho.

 Sua cabeça, num descanso final, se encostou na parede, junto com as costas. Seus braços se relaxaram assim que o estrondo do revólver, ao cair no chão, fez. Vi seu corpo, sem vida, igualmente quando o vi pela ultima vez, em seu leito, em seu caixão.

Requiescat in pace.
Take me to L.A.

domingo, 15 de julho de 2012

Que Deus o perdoe, meu caro amigo.



Uma vez, li em algum lugar que devemos trabalhar como se vivêssemos eternamente e viver como se não houvesse um amanhã. Talvez hoje essa frase faça algum sentido para mim, pois e se o amanhã para mim não chegar? Afinal, as pessoas estão vivas e no dia seguinte, desaparecem de nossas vidas.
É triste perder um ente querido, mas pode acreditar, é muito mais doloroso, perder este alguém por um tipo de morte mais traumatizante: O suicídio. 

Hoje perdi mais que um ente querido, não era certamente da minha família, mas era como um irmão, um grande amigo. Uma morte tão trágica e que apesar de vários boatos, ninguém realmente saberá o real motivo, pois nem se quer uma carta ele deixou. Ele era segurança há mais de 20 anos, tinha vários conhecidos policiais, tinha porte de arma e curtia tomar umas brejas nos fins de semana. Embora tivesse um leve defeito de não levar na brincadeira o que estranhos diziam a ele, era um cara cheio de qualidades. Meio estressado, do tipo grandão, fortão e folgado, mas quando estava entre amigos, não passava de um moleque bobalhão. Fazia cada piada, falava cada coisa... eram frases cômicas e épicas. Lembro do dia em que ele estava no balcão, tomando uma breja e disse:
- A mina peidou velho e eu perguntei para ela: "Tá me chamando?".
Eram frases assim, cômicas e sem noção, vindas de um cara que beirava os 40, que surgiam em meio da sua bebedeira. 
Nunca irei me esquecer das suas piadas, suas frases que só você, com a sua voz distinta, conseguia fazer. Lembro de como você comia compulsivamente pimenta, mesmo tendo problema de pressão alta (comeu dois potes de pimentas num domingo só). Você era um lunático, mas era um cara firmeza. É meio estranho saber que não vou mais ouvir suas piadas, cara. Nem sua risada. Aquela risada alta pra porra! Haha. É foda perder um amigo, ainda mais quando é um cara gente boa como você. Como eu já disse, não sei os motivos que o tenha levado a meter uma bala na sua própria cabeça. Ninguém irá saber de verdade. Mas você deixou seus filhos, cara. Deixou eles para trás. Sem nem se quer dizer Adeus. Talvez eu entenda, pois no momento de loucura, não conseguimos pensar em ninguém além de si mesmos. É nessas horas de desesperos que alcançamos o ápice do egoísmo e da hipocrisia. 

Ouvi muitos boatos, um que estava com depressão, não tomou os remédios, a depressão se agravou e passou a ter Síndrome do Pânico. Sua mãe me disse que você, ao jantar a ultima vez com ela, falou que não aguentava mais essa "pressão", que tinha uns caras te perseguindo e que ela não conseguia ver, pois ficava dormindo de madrugada. No mínimo, deve ter ficado bebendo como sempre fazia nas madrugadas de sábado para domingo, afinal, você sempre vinha trabalhar virado. Haha. Só que desta vez, não pode vir. Eu sei lá, cara, é o segundo suicídio na minha "família" e na boa, sempre imaginei sua morte numa briga, ou num tiroteiro, já que era cabeça quente! Jamais imaginei que seria um suicídio, esperava isso de qualquer pessoa, menos de você, Alex. Fico tão inconformado, porque o vi esses dias, sexta mesmo, estava tomando breja comigo. Você estava lá. Em pé. Vivo. Brincando como sempre fazia. Quando na verdade, por dentro, você não estava nada bem. Isso era uma das coisas que tínhamos em comum: o jeito de mesmo estando triste por dentro, não demonstrar tristeza e fazer com que as pessoas ao seu redor dessem boas gargalhadas, ou as fizessem felizes. No sábado, você havia me cobrado um DVD, um de música eletrônica que comprei e toquei no trampo, aquele que você gostou, disse que iria fazer uma cópia para ti, mas infelizmente não deu tempo. Haha. Vou ficar te devendo eternamente, cara... Fica pra próxima. 

Enfim, de qualquer forma, por mais que na madrugada de ontem para hoje, você tenha feito essa "proeza" maligna de tirar sua própria vida, eu prezo pelo bem da sua família e rezo para que você esteja em paz, Alex. Espero que Deus perdoe você.

Domingo, 15 de julho de 2012, 
Take me to L.A.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para refletir



O amor, é psicológico. Porém, dizemos que sentimos com o coração. Tudo porque o ser humano, acredita, que é mais bonito dizer, que sentimos com o órgão mais vital de nosso organismo. Mas também, costumamos dizer que é com o coração, porque quando vemos alguém que amamos profundamente, ou quando somente ouvimos a voz da mesma pessoa, o coração simplesmente dispara, bate como se fosse explodir dentro do peito. Bate forte, rápido. Quando na verdade, tudo que a gente sente, todos aqueles sentimentos lindos — os quais costumamos nos orgulhar —, que um dia ofertamos para alguém, é tudo coisa da nossa mente. Pois seria estranho uma pessoa chegar na outra e dizer: "Te amo com a minha mente!" do que dizer  "Te amo com o meu coração!", "Te amo, com a minha alma!", a verdade, é que realmente soa mais bonito desta forma. 
A maioria de nós, seres humanos, costumamos ser hipócritas às vezes, pois julgamos que ao pensar que tudo que envolve a mente, é algo constrangedor, maluco, insano, e as vezes, até psicótico. Mas não, pois é dos nossos próprios neurônios, da mente, dos pensamentos e lembranças que brota aquele sentimento bonito, mais conhecido como; Amor.

Take me to L.A.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Foi bom te ver


Sabia que havia algo de errado naquele lugar, eram 07:20 de uma sexta-feira qualquer, assim como hoje, o estabelecimento ainda estava fechado, mas como era de um todo envidraçado, conseguia enxergar nitidamente quem se encontrava no andar inferior do mesmo. Hesitei um instante no momento em que vi, uma mulher abrir uma porta paralela, bem ao lado do local, porta que dava direto na escadaria para o andar superior. Apertei a campainha e esperei, pensando é claro, que a mesma mulher que acabara de entrar, seria a que me atenderia.

Quando a porta se abriu, meu coração disparou, meu corpo endureceu, soei frio e quase caí para trás de tão surpreso que fiquei.

— O que você quer? — Ela disse.

O olhar dela era vago perante aos olhos de quem não a conhecia, mas eu sabia que ela me olhava com ceticismo, com frieza.
Fiquei um bom tempo sustentando seu olhar, não sabia o que dizer, não esperava reencontrá-la, ainda mais ali, justo naquele lugar, tão próximo de onde eu morava.
Ela ainda tinha o piercing acima do lábio, mas haviam outros novos, uma argola preta no nariz e outra argola na parte de cima da orelha. Seu rosto estava um pouco mais magro, mas ela continuava atraente.
Respirei fundo e retomei meus pensamentos, virei o rosto para dar uma olhada no local com o vidro, bati com os dedos, para conseguir chamar a atenção, da mulher que estava dentro do estabelecimento.
Enquanto a mulher se dirigia para a porta, para é claro, me atender, a que estava na minha frente, continuava parada, sem tirar os olhos de mim, esperando uma resposta. Seus olhos me fuzilavam. Porém, qualquer pessoa que não a conhecesse, e olhasse fundo em seus olhos, não saberia que ela estava com raiva, mas eu sabia. E que raiva era aquela em seu olhar! 

— Pois, não, algum problema?
Virei o rosto automaticamente depois de ser acordado dos meus pensamentos.
— Oi... er. — Eu disse, mais uma vez, ignorando sem querer a garota na minha frente. — Sabe me dizer se conhece meu amigo que trabalha, ou trabalhava aqui? Um cara cheio de tatuagem, com um cabelo quase moicano parecendo fogo? Ele é japonês. Faz tempo que não o vejo por aqui, como troquei de número, não sei como me comunicar com ele.
— Eu me lembro dele, mas infelizmente sou nova aqui, quem saberá lhe informar melhor, é essa moça na sua frente.
— Obrigado. — Eu disse, em seguida voltei a olhar para a garota, a mulher que ainda esperava em silêncio, imóvel e com o rosto inexpressível ao ver alheio, por uma resposta.
— Faz muito tempo que trabalha aqui?
— Faz.
Monossilábica. Amo! — Pensei ironicamente.
— Nunca a vi por aqui, e olha que deveria, pois passo por aqui quase todos os dias, para não dizer todos.
— Eu sei. Agora me tornei uma pessoa discreta.
"Eu sei"? Será que ela anda me vigiando? Hm, parece que sim.  — Pensei novamente.
— Entendi.
— O que você quer? — Ela fez a mesma pergunta de antes.
— Você sabe. Só vim procurar por um antigo amigo, mas vejo que foi em vão, já que ele não trabalha mais aqui.
— Hum.
— Está linda. — Sorri enquanto abaixava os olhos, era um sorriso bobo, eu sorria comigo mesmo pelas palavras idiotas que acabara de dizer. É claro que ela está linda, seu idiota, ela sempre foi. E então, me recordei do dia em que vi a mãe dela, não cheguei a conhecê-la formalmente, mas a vi num dia em que eu estava com alguns amigos em um Shopping. A mãe dela e a irmã dela. Senti necessidade de ir lá e pedir para que dissesse a outra filha, no caso você, que lhe mandei lembranças. Mas seria uma atitude inútil, uma tolice, pois nem a mãe, nem a irmã, sabia da minha existência. Ela é tão parecida com a mãe! É incrível! Sorri de novo antes de voltar a si. — Eu tenho que ir. Foi bom te ver.

Dei as costas e comecei a caminhar na direção que — a algumas quadras adiante — era a minha casa.
Dew! Ela me chamou. Olhei para trás sem ânimo algum.
— Ele está trabalhando em outro lugar. Chama-se Any's Studio Tatto's.
— Obrigado. — Sorri mais uma vez comigo mesmo. Pois eu já esperava que ela dissesse isso.

Estava prestes a virar-me pela segunda vez, para retomar o rumo para casa, quando ouvi suas ultimas palavras.
— Foi bom te ver também. — Ela disse com os olhos serenos.

Realmente, foi bom te ver,
mesmo que só em sonho.

Take me to L.A.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sonho/Pesadelo



- Mais uma vez, ela me deixou. - Eu disse para a empregada da mulher que eu estava procurando. A dona da casa. 
- Sinto muito, senhor...

No outro cômodo, ela ouvira minha voz, abriu a porta, deu um sorriso tímido, sem graça.

- Não me esqueci de você, meu amor. Só estou um pouco... doente.

Começou a caminhar vagarosamente, vindo na minha direção. Ela estava pálida, parecia estar "mais" do que doente. Assim que chegou bem perto de mim, ergueu o braço que cobria a sua barriga, provavelmente para me abraçar. Só então que consegui enxergar um corte profundo na altura da cintura dela. O corte sangrava muito, fiquei pasmo, ainda mais porque não havia percebido aquele corte antes. Com muita força, abriu os braços, agarrou-se em meu pescoço e desmaiou nos meus braços. 
A reação que tive, foi automática. Carreguei ela no colo até o carro, para que pudesse socorrê-la o mais breve possível. 
Enquanto eu dirigia em alta velocidade, tirei uma das mãos do volante por um momento para colocar dois dedos em seu pescoço, especificamente no final do maxilar. Sua pulsação era fraca, isso me deixou mais desesperado do que eu já estava.

Minha camisa, já não era mais branca. Era de um tom avermelhado, meio marrom por assim dizer. Eu estava coberto de sangue. Do seu sangue. Mas aquilo era o de menos. Mal me importei, pois o que realmente me importava, era o seu estado de saúde, era saber que talvez, nunca mais fosse ver, você sorrir para mim daquele jeito por mais uma vez.

Ao chegar no hospital, por volta das duas da manhã, carreguei-a pela segunda vez. Havia uma segurança bem na porta do hospital.

- Moça! Preciso de algo para que eu possa deitá-la! É uma emergência! 

Ela nem pensou duas vezes, chamou no rádio outro segurança, que em seguida, já estava com alguns médicos e uma maca para que eu pudesse colocá-la sobre a mesma. Paralisado, não tirei os olhos dela - morta - enquanto os médicos a levavam para a sala de emergência. 
Quando ela sumiu do corredor longo daquele hospital, fui fazer a ficha dela. O engraçado é que eu havia esquecido seu nome. Estava desnorteado devido o desespero. Não vinha o nome, nem a idade, nem onde ela morava. Tudo que eu conseguia pensar, era nela deitada naquela maca, ensanguentada, desfalecida. 
Por fim, apenas lhe dei o endereço da moça, foi a única coisa que, depois de um longo tempo, consegui me lembrar. 

Sentei-me em um banco qualquer da sala de espera, apoiei os cotovelos nas coxas e coloquei as mãos na cabeça. Maldita preocupação! O tempo passava e para a minha frustração, nenhuma notícia se quer dela. 

Já havia amanhecido quando o doutor se aproximou de mim, coloquei-me de pé, esperando pelo pior. Mas para o meu alívio e para a minha surpresa, ele disse para que eu ficasse despreocupado, que me acalmasse, que tudo ocorrera bem, que ela já estava no quarto e que eu podia vê-la. Mas que era aconselhável, pela a própria saúde dela, eu não fizesse com que a mesma se estressasse, nem nada parecido, pois perdera muito sangue e precisava ficar de repouso.

Assim que entrei no quarto, ela sorriu. Sentei ao seu lado, calado, apenas olhava no fundo dos olhos dela e ela no fundo dos meus. O silêncio durou por mais de dez minutos. Olhava para ela com frieza, com seriedade, estava tão sério que isso a incomodou, e fez com que desviasse o olhar para a minha camisa, que estava suja de sangue, com o seu próprio sangue. O olhar daquela moça meiga e doce, se entristeceu. Um olhar de culpa e tristeza ao mesmo tempo. 
Sua expressão facial, fez com que eu pensasse nela, especificamente na tentativa falha de suicídio dela. Fiquei me perguntando várias vezes porque ela havia desejado tanto a morte, justo agora que nos conhecemos e que nos amávamos. Parecia ler meus pensamentos e quebrou o silêncio.  

- Eu fiz e não fiz de propósito. 
- Explique-se. 
- Eu fiz porque queria me livrar do sentimento ruim que estava sentindo, fui egoísta. Mas jamais quis deixá-lo.
- Você quase me deixou, por "em um simples momento", não ter pensado em mim.
- Mas agora eu estou pensando. Não te deixarei nunca mais!
- E se for tarde?
- É tarde?
- Não. Mas e se fosse?
- Eu respeitaria o seu espaço, por mais que doesse em mim.
- Se eu tivesse te perdido, não saberia o que fazer...
- Me desculpa...
- ...
- Quando ouvi sua voz, me arrependi do que havia feito. Tive vontade uma vontade absurda, imensurável de continuar viva. Viva para você.
- Mal sabes o quanto me desesperei.
- Estou aqui. Agora. Me abrace, deixe-me ser seu lar novamente, quem sabe assim, desta vez, seja para sempre.
- Prometa que nunca mais irá me deixar. Que nunca mais irá sumir de mim.
- Eu prometo, meu amor. Eu prometo.

Sonho/Pesadelo,
Take me to L.A.

Definitivamente: Adeus



As vezes, desejo sumir do mapa. Sumir de tudo, de todos. Mas para ser franco, não existe alguém no mundo que conseguiria sobreviver ou se quer isolar-se do mundo. Cada ser vivo existente no planeta terra, - por mais que não queira -, não consegue viver sem uma companhia. Seja essa uma companhia humana ou a de um animal de estimação. 

Da mesma forma que um pinguim escolhe outro para ser seu par eterno, eu escolhi você. Embora o sentimento não seja mais o mesmo, em meu coração, você sempre estará.

Sim, sinto ciúmes sim. Sinto-me muito enciumado quando vejo você dizendo algo relacionado a outro alguém, tenho vontade de te socar as vezes, mas nunca falo nada, guardo tudo para mim, porque além de respeitar-te, sei que hoje não tenho direito algum sobre você. 

Era bom estar perto de você. Era bom cuidar de você. Sinto-me frustrado por não poder mais fazer isso. Mas infelizmente, não tenho outra opção além de aceitar a nossa inimizade. Então para evitar mais sofrimento, fui obrigado a tomar uma decisão. Distanciar-me-ei de vez. Para sempre. E desta vez, é o meu verdadeiro Adeus.

Take me to L.A.

terça-feira, 24 de abril de 2012

When you are alone



Pensei que seria uma noite qualquer, que seria apenas mais uma noite de insônia. Mas não seria e logo eu descobriria o porquê.

No relógio, eram duas e meia da manhã. Eu havia acabado de desligar o telefone, estava morrendo de dor de cabeça, queria jogar video game para tirar o tédio, mas a dor era tanta que só iria piorar, então acabei desistindo e acabei pensando em dar uma saída. 
Levantei da cama, a madrugada era fria, então vesti minha calça, meu moletom, calcei o tênis e coloquei uma touca comum para sair e caminhar um pouco. 
No sereno, eu parecia um ser noturno, invisível, completamente de preto. Caminhava sozinho pelas ruas e avenidas do meu bairro, as ruas estavam vazias, não tinha muita movimentação, eu literalmente andava na escuridão sozinho. Vez ou outra aparecia um carro, que passava em alta velocidade para sua própria segurança.

A cada passo que eu dava, sentia um vazio em mim que mal conseguia explicar. E numa ideia um tanto falha de tirar a angustia do meu peito, que perturbava-me profundamente, fui até um mercado que é aberto 24 horas. 
O mercado era um estabelecimento grande, mas só havia um caixa aberto, pois haviam poucos clientes. A angustia voltou e desta vez, era mais forte, tão forte que fiquei vagando pelos corredores do mercado durante horas, procurando por algo que nem eu mesmo sabia o que era. Depois de um longo tempo, peguei duas garrafas de tubaína retrô, que mais parecem cervejas, peguei um Doritos e fui para o caixa. 
Ao sair do mercado, ainda estava sem ânimo para ir para casa, mas como já eram quase cinco da manhã, achei melhor tomar o rumo de casa. 

Quando entrei e tranquei a porta, só tive forças para tirar o tênis e deitar na cama. Estava exausto. Uma exaustão física, pois a insônia ainda me perturbava. Quando finalmente estava prestes a dormir, recebi uma ligação e descobri algo - sem querer - que não me agradou. Era algo que havia me decepcionado. Me magoado. Então na hora, tudo que consegui sentir, foi raiva, ódio e dor. Tudo misturado. 
Do outro lado da linha, ela começou a se desculpar, parecia desesperada, dizia tanta coisa, mas eu não conseguia ouvir, não entendia nada, estava perdido nos meus pensamentos, refletindo sobre tudo. 

Os minutos passavam lentamente e o meu silêncio, era mortal. Só então, pensei em tudo que ela fez por mim. Todas as vezes que ela me desculpou e me perdoou por algum erro que eu havia cometido. Me recordei das vezes em que ela deixou o orgulho de lado, mesmo eu estando errado, só para não nos separar, não nos perder. Fechei os olhos e comecei a falar; "Eu te amo. Eu não me importo se me magoastes agora, nem se mentiu, se omitiu ou o caralho a quatro. Antes, eu estava com raiva, mas lembrei da vez em que você mesma me disse, que o amor sempre se sobrepõe a raiva. E eu não vou deixar você por um motivo tão fútil desses, algo que nem mesmo foi sua culpa. Não vou te deixar porque eu te amo. Porque amar, também é perdoar.

Take me to L.A.

Kids, we love

(Pedro Henrique, mais que um sobrinho amado.)

Recém-nascidos, sempre "aparecem" para alegrar as famílias. As nossas vidas estressantes e vazias.

Não tem como não amá-los, nem como rejeitá-los. Seres minúsculos e indefesos, que quando querem algo, fazem manha, choram, esperneiam, berram tanto que chega a dar raiva. Mas basta eles apenas darem um sorriso, que inunda-nos com um dilúvio de felicidade. O sorriso angelical, o riso inocente daquela pequena criatura, pode mudar o nosso humor, deixando-nos iluminados, numa paz e alegria interior, enchendo nossos corações, com uma bondade inimaginável que mal conseguimos explicar. Talvez seja porque o nosso mundo medíocre e maldoso, ainda não tenha corrompido aquela pequena pessoa, pois a sua própria inocência, nos faz enxergar o quão bela e perfeita é a humanidade. 

Acredito que os pais, ficam mais próximos da bondade, na fase em que seus filhos ainda são pequenos e dependentes. Pois é o momento mais frágil da vida deles e isso torna com que todos ao seu redor, sinta uma necessidade em querer cuidar.

Take me to L.A.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Quando o tudo torna-se pouco


"Eu te prometi uma coisa, mas honestamente eu não sei como começar. Sei lá, talvez eu não seja boa com essa coisa de escrever, mas o esforço vale a pena quando é pra você. Perdão é pouco pra eu pedir, obrigado é pouco pra agradecer, eu te amo não é suficiente pra expressar tudo o que se passa no meu coração quando falo, ou penso, em você.

Na verdade, tudo no mundo é pouco.

Vai além. Além das compreensões, além da física ou matemática, além da filosofia. É inexplicável. A dor da briga, a felicidade de cada dia junto à ti. Tudo é muito lindo. Algumas vezes sinto medo de pensar nas possibilidades do futuro, em um possível desencontro, em uma possível decepção... Eu sei que, como sempre te digo, o amor supera tudo, mas tenho medo. Ah, tenho tanto medo. Já provei a vida sem você, depois de você... Não é bom, não é fácil, é doloroso. Não quero aquilo de novo.

Quero que saibas que independente dos meus deslizes, eu sempre, sempre, vou te amar.  E se algum dia, eu o magoar a ponto de pensar em desistir, por favor, releve, repense. E se mesmo depois disso, tu não me quiseres mais, por favor, não me esqueça, nem esqueça de todo o meu amor, porque ele permanecerá contigo, até o fim dos dias. Dos meus, dos seus... Afinal, é assim... Eu deposito fé em ti, tu depositas fé em mim, e de uma maneira inexplicável sempre colocamos um ao outro acima, e é isso que o amor faz... Eleva, releva, supera. Sempre.
M."

Take me to L.A.

domingo, 15 de abril de 2012

SMS



"Eu amo você, mulher. E uma das coisas que mais gosto, é te fazer sorrir assim. 18:01"

"Como você sabe que eu sorri? 18:20"

"Porque eu também dou aquele sorriso bobo quando leio um SMS seu dizendo que me ama. Ou dizendo palavras bonitas, como sempre faz. Eu te amo. 18:22"

"Eu também te amo, muito. 18:29"

Não precisa de muitas palavras para alegrar o dia de quem gostamos. Basta apenas dizer o quanto a amamos.

Take me to L.A.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Sonho


Na rua Augusta, alguns amigos e eu, estávamos na calçada, de frente de um bar, conversávamos, bebíamos. Eramos em quatro, um colega, a namorada dele, uma amiga e eu. Alguns minutos depois, escorei-me no muro, foi quando a vi de mãos dadas com outro cara, caminhando na mesma calçada que eu. 
Seus olhos se encontraram com os meus, a expressão do rosto dela mudou, ficou pálida, como se tivesse visto um fantasma. A cada passo que eles davam, mais se aproximavam de mim. No momento em que eles estavam bem na minha frente, passei a mão no braço dela, deslizei até chegar na sua mão e então, segurei, fazendo assim como seu corpo voltasse. Ela olhou para mim e paralisou. Eu sabia que ela ainda me amava, pois eu a amava também, fui o primeiro a quebrar o silêncio.
- Oi, Maíra. Passa assim por mim e nem se quer dá um "oizinho"?
- Dew... Desculpa.. Oi. 
- Oi. Você está bem? O que faz aqui? Nem sabia que estava em São Paulo.
- Estou bem.. E você? Eu não te avisei, porque vim apenas passear.. - O cara ao lado dela, estava começando a ficar incomodado com a situação e provavelmente, também estava com ciúmes, pois ela agiu como se ele nem existisse e nem o apresentou para mim.
- Maíra, vamos. - Ele a puxou pela mão, eu continuava segurando a outra mão dela, ela o ignorou e por causa do gesto dele, soltou sua mão da dele.
- Eu senti sua falta, mulher. Eu ainda te amo e sei que me ama também. Vamos dar outra chance para nós? - Puxei de leve sua mão para que seu corpo ficasse mais próximo ao meu.
- Eu não sei se será uma boa ideia... Não quero me magoar de novo.
- Eu não vo... - O cara colocou a mão em meu tórax. Olhei bem nos olhos dele, era um olhar de ódio, frio. - Acho melhor você tirar a mão de mim, amigão.
- Eu nem te conheço, e você quer roubar minha mina? Quem você pensa que é?
- Pra início de conversa, ela nunca deixou de ser minha, ou seja, ela nunca foi sua. Agora tira a porra dessa mão suja de mim, seu otário.
- Dew, pára. Vai embora. Eu passo na sua casa mais tarde. - Disse ela enquanto colocava a mão em mim, tentando me acalmar e tirando a mão dele do meu corpo.
- Eu não vou sair daqui sem você, Maíra. Nós precisamos conversar.
- Espera um pouco. - Ela o puxou de canto, começaram a conversar, pelas expressões faciais dele e pelo olhar que me fuzilava, não era coisa boa para ele, no mínimo devia estar "terminando" o que eles tinham. Só em pensar nisso, automaticamente eu sorri. 

Vi ele virar as costas e ela voltou a olhar para mim enquanto caminhava na minha direção. "Minha amada. Como eu pude deixá-la ir?! Agora eu jamais a deixarei!" - Pensei comigo mesmo.
- O que você disse a ele?
- Eu não devia te dizer, porque você vai ficar se gabando, mas eu sei que se eu não disser, ficará bravo.
- Você me conhece como ninguém. - Ri com malícia. - Continue.
- Eu disse para ele ir embora, pois desde o início, deixei claro a ele que eu ainda amava você e que o que eu e ele tínhamos, não era nada, nem ao menos um relacionamento, que éramos apenas ficantes e que eu precisava resolver alguns assuntos com você.
- Eu te amo, Maíra.
- Eu também te amo, Dew. Agora vamos para sua casa.
- Vamos para a "nossa" casa.
Dream

Take me to L.A.

terça-feira, 27 de março de 2012

O ruim; sempre é o primeiro


"- Acho que você vai gostar dessa. - Ela mostrou uma foto dela.
- Está linda, mas não é minha foto preferida.
- Tu é um enjoado. Não era assim antes. - Ela vendo o lado ruim da história, sem ao menos saber o porque de eu ter dito aquilo. Uma pessoa que me ama, mas que enxergou o lado ruim antes de ver o lado bom.
- Não sou enjoado, eu te acho linda de qualquer jeito, é que nenhuma foto atual, vai tirar o lugar da minha preferida, uma de 2009.
- Me preferia antes. - Ela disse rindo.
- Não, é que aquela, eu consigo enxergar nitidamente seus olhos. É como se eu pudesse ver além deles. Por isso gosto tanto.
- Oti.
18 de março."

As pessoas - até mesmo as que amamos - pensam sempre nas piores coisas primeiro e só então, depois de ver o lado ruim da coisa, consegue enxergar o lado bom da história. Mas isso é o normal do ser humano, ele enxerga primeiro os defeitos, para depois enxergar as qualidades, porque eles precisam de algo no qual sejam melhores. Não pense que isso é proposital, fazemos isso inconscientemente, sem perceber, é como quando as pessoas nos julgam pela aparência, pelo estilo de se vestir, pelo jeito de se expressar, pela classe social, grau de escolaridade, por causa de alargadores, piercings, tatuagens e derivados, e não pelo conteúdo, pelo que temos por dentro, que é o principal. A vida é um julgamento eterno, felizmente, no meio dos que costumam nos julgar sem ao menos nos conhecer, existem os que nos amam pelo que somos. Mesmo que algumas vezes, os próprios nos julgam sem perceber, como também julgamos os mesmos. Mas os que nos amam, não se limitam somente com o que há em nosso exterior, mas sim, no interior.

Take me to L.A.

O aroma do seu perfume


Nunca fui de prestar atenção no cheiro das pessoas, até sentir o seu. Logo no primeiro abraço, fiquei fascinado com a mistura do aroma doce do seu perfume, com a sua pele. Era um cheiro tão sedutor, que me aprisionava ao seu lado. Tão bom, que chegou a marcar minha vida, mesmo após nossa briga.

Andei por vários lugares à procura do seu cheiro, mas todas as tentativas foram falhas. Cheguei a pensar que se eu sentisse aquele aroma delicioso novamente, faria com que eu parasse de sentir sua falta, afinal, eu havia sonhado com seu cheiro no dia em que o senti, e durante um bom tempo, era somente nele que eu pensava.

Alguns meses depois da nossa briga, fui ver uma antiga amiga e para a minha surpresa, advinha que perfume ela usava. Sim, era o seu. Quando eu a abracei, automaticamente pensei em ti. Eu sabia que era o mesmo perfume, então, passei a noite inteira elogiando o tal perfume, dizia que ela estava cheirosa e que o perfume era muito gostoso. Passei a noite inteira com a menina, pensando, desejando você. Teve uma hora, que eu disse a ela que o perfume dela, era o mesmo que o de alguém que eu amava, ela não ficou muito feliz com o meu comentário, mas deixou de lado para não estragar a noite.

Dias depois, eu precisava descobrir qual era aquele perfume, então resolvi perguntar a menina. Glamour Secret Black. Era o nome.
Eu estava tão fissurado naquele cheiro, que cheguei a comprar um frasco, só para senti-lo outra vez. Mas é claro que não era a mesma coisa, não tinha o cheiro misturado com a sua pele, o que me deixou um tanto desapontado.

Só em pensar no perfume, consigo sentir o cheiro. É incrível. Já passei o perfume no travesseiro só para dormir sentindo seu cheiro, dormir pensando em você. Tolo, né? Mas é o que a gente faz por amor. Cometemos loucuras, coisas bizarras. O perfume, está aqui guardado, pronto para ser seu, embora muito tempo tenha passado e eu saiba que jamais irá recebê-lo.

O sentimento mudou, não é mais o mesmo, mas tudo que fiz naquela época, fiz por causa do seu cheiro, por causa da saudade, por amor à você. Porque eu ainda te amava e dizia que sempre iria te amar. Mas como eu disse, o sentimento mudou. Só que um lugar em mim você conquistou. 

Take me to L.A.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Poeta amador


A distância não é nada
Comparada a imensidão
Do que há em meu coração

Tudo que nele existe, é seu
Deixou de ser meu
No momento em que decidi me entregar
Para o nosso lindo amor, para te amar

Desde então, atingi o ápice da felicidade
A fidelidade de uma verdadeira amizade
Afinal, não somos só um casal
Somos bem mais do que isso
Somos amantes, somos amigos

Eu sou apenas um poeta amador
Mas todos os meus poemas 
São recitados para você, Amor.

Take me to L.A.

My precious


- Estava vendo umas alianças... O bom do amigo do meu pai, é que ele faz tudo a mão. É tudo em ouro/prata maciço, igual o anel do filme Senhor dos anéis, sabe? Não é igual a esses industriais que são finíssimos.
- Eu sei amor, mas maciço é muito caro.
- É, mas vale à pena.
- Eu não gosto de dourado.
- O ouro branco é mais caro, amor...
- Compra o de prata...
- Eu compro. Mas eu queria de ouro branco, porque ele é lindo, igual o nosso amor.
- Mas é caro, não quero que fique gastando dinheiro comigo.
- Mas você é minha namorada, oras.
- Mesmo assim... Não quero, compre o de prata e pronto.
- Tudo bem. Quando eu ficar rico, compro um de ouro branco pra ti.
- Ta bom.
- O ouro branco é lindo, amor.
- Também acho.
- Me apaixonei quando vi... 
- ...
- Meu precioso... (Risos)
- Como você é besta, amor! (Gargalhando) 

Take me to L.A.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

(...)

Nada melhor que namorar
Nos faz bem, nos faz amar
As vezes, nos faz chorar

Mas não existe um amor perfeito
Um amor que não nos faz sofrer
Pois ele em si é imperfeito
E me faz só te querer

Não importa na vida
Se um dia o sentimento mudar
Porque Maíra, és tão querida
Que sempre irei te amar.

Take me to L.A.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

My days...


Nesses dias, estamos tão calorosos um com o outro, amorosos.. Próximos. Mal você sabe o quanto isso me alegra. Óbvio, temos inúmeros dias de brigas, são incontáveis. Você sabe que tento controlar meu ciúmes, afinal, sei que se eu continuar assim, perderia você de vez. Como eu sempre digo, tenho ciúmes porque eu quero você só para mim, quero te guardar em um pote para ninguém mais te ter. É tão bom ouvir sua voz.. te acordar de madrugada e ouvir você toda amorosa com aquela voz rouca de sono. Amo quando você fica de dengo comigo, eu me sinto tão amado, tão feliz. É algo difícil de explicar. Aliais, o sentimento é algo que não se pode explicar em meras palavras, porque tudo que conseguimos, é senti-los e demonstrá-los, sejam com carícias ou abraços. Quero demonstrar tudo que está guardado em meu peito em gestos, em toques, em carinhos, em abraços... em beijos, em amassos. Tudo que um homem pode fazer com a mulher que ama, eu quero com você. Quero estar com você. Quero amar você. Quero fazer amor com você.

Meu coração palpita quando escuto sua voz, quando recebo um SMS dizendo que me ama, ou quando recebo algo que escreveu especialmente para mim. Eu amo suas qualidades, amo teus defeitos, amo até o ciúmes/ódio que me faz sentir, porque tudo que você me faz sentir PRA você, me deixa - de certa forma - feliz. Porque esse turbilhão de sentimentos, só quero oferecer para ti. Eu só amo você. Tente entender. 

Meus dias, simplesmente são chatos sem você,
tudo porque não existe alegria neles sem você ter. 

Take me to L.A.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um beijo diz mais do que palavras


Parecia ser uma noite como qualquer outra no pub, eu me encontrava no balcão, estava secando os copos e então, eu a vi entrando. Fiquei paralisado na hora em que nossos olhos se encontraram, longos cinco segundos naquela mesma posição. Eu não acreditava que ela estava ali. Um homem, que não vi, mas que chegou com ela, a abraçou pela cintura, seguiu os olhos dela até olhar para mim. Quando eu vi a mão dele no corpo dela, o copo que estava em minha mão, foi quebrado por meus dedos devido a raiva que eu senti na hora. Eles se sentaram em uma mesa qualquer e fizeram seus pedidos para outro bartender. Não consegui tirar os olhos daquela mesa.
Depois de quinze minutos torturantes para mim, ela resolveu ir ao banheiro. Sai do balcão e fiquei esperando por ela na porta. Quando ela estava saindo, coloquei as mãos nos braços dela e a empurrei de leve para dentro de novo. Levei as mãos ao rosto dela, segurando-o, e com um tom de voz um tanto nervoso, comecei a falar:
- Por que você está fazendo isso comigo?!
- Fazendo o que?!
- Com tantos bares em São Paulo, você vem justo nesse?!
- Eu não sabia... E outra, você terminou comigo, não significo mais nada para você, não sei porque está assim.
- Você é tudo pra mim. - Olhei nos olhos dela e respirei profundamente. - Agora olha pra mim, olha nos meus olhos e diga que não me ama mais.
Ela demorou alguns segundos, mas olhou nos meus olhos.
- Eu não te amo mais.

Arrasado, só consegui soltar o rosto dela. Ela saiu do banheiro, olhou para trás para saber se eu estava lá, na porta, vendo-a partir. Mas eu não estava, porque o meu mundo havia desabado. Eu precisava de alguns segundos para me recompor.

(...)

Peguei minhas coisas no armário, pedi para meu amigo me servir três doses de tequila. Virei um copo de cada vez. Avisei que não voltaria hoje porque eu não estava bem e que se meu chefe quisesse cobrar este dia como falta, que cobrasse, pois naquele momento, tudo que eu queria, era me afastar daquele local, me afastar dela. Saí do pub sem olhar pra ela, mas eu sabia que seus olhos me acompanhavam.
Quando subi na moto e estava prestes à partir, ouvi ela chamar meu nome, não consegui dar partida na moto, pois eu queria ouvir suas últimas palavras. Abaixei a cabeça enquanto ela caminhava até mim. 
- Eu só queria mostrar que eu conseguia seguir a vida sem você... - Ela disse.
- Percebi, está se saindo muito bem, uh?! - Olhei para ela incrédulo.
- Johnathan, pára. Você queria que eu ficasse sozinha o tempo todo enquanto esperava você me ligar pra voltarmos?
- Não, mas tão cedo assim? E precisava mesmo vir até aqui, logo no meu serviço?!
- Eu já disse que eu não sabia. Não fiz de propósito.
- Você sabia que eu não superei você.
- Então por que terminou comigo?
- Porque eu não aguentava mais aquele cara interferindo na nossa vida.
- Mas eu amava você, só você. Eu queria você, não ele.
- Mesmo assim, era insuportável ouvir o nome dele, saber que ele fazia de tudo pra estar perto de você. Quer saber? Volta pro bar e fique com seu novo namorado. Me deixa em paz, tá bom? - Dei partida na moto.
- Pra onde você vai?!
- Vou pra casa. Eu só quero ficar sozinho.
- Eu vou embora hoje. Não tem mais nada pra me dizer?
- Você teve a coragem de olhar nos meus olhos e dizer que não me amava mais. Acha mesmo que eu tenho algo a dizer? 
- ...
- É, imaginei. Tchau. - Segui rumo à minha casa sem olhar para trás, como ela fez no bar.

(...)

A campainha foi tocada. Quando abri a porta, meu coração disparou.
- Eu não podia ir embora... Ver você, me deixou fraca. Vunerável. Foi como se toda essa barreira que eu construí durante todo o tempo em que ficamos longe um do outro, tivesse sido quebrada e eu fosse obrigada a começar do zero. - Ela deu uma pausa, me olhou com os olhos em súplica. - Deixa eu entrar, John... Por favor.
Fiz um gesto com a cabeça para que ela entrasse, não sabia o que dizer.
- Eu te amo, John... E eu sei que me ama também. Então por que não podemos ficar juntos? 
Eu não respondi, mas me aproximei dela, levei a mão direita até seu rosto, o puxei para perto do meu e a beijei nos lábios. 

O beijo falou mais do que palavras, era mais do que um sim,  era um "Ad infinitum". 


OBS.: Nome fictício. 


Take me to L.A.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Anonymous


"Vou anotar no teu braço pra que tu nunca esqueça de que é você. E que é você que eu amo, apesar de tudo, ou, por causa de tudo. Eu te amo. Quando tu tiver bem ou mal, eu vou tá lá, porque, eu preciso te ver bem, para estar bem. Já disse que preciso de você, e preciso mesmo. Mas, querido, eu não quero te perder, sabe? Não quero, porque, não vou conseguir ficar sem ti, sem teu carinho. E me desculpe, me desculpe por ser assim, toda errada, sem jeito, sem concerto, eu sou difícil de lhe dar, sei que me afasto, e sei que te faço pedir desculpas quando o erro foi meu, mas apesar de todas as coisas, não desista de mim, não desista de nós, porque, eu te amo. E não importa quantas coisas bobas, quantos versos e frases clichês que te fale, e antes de qualquer coisa: odeio esse silêncio entre nós. Odeio quando me ignora e quando deixa de falar comigo. Vou direto ao ponto, anjo: Estou tentando fazer com que tudo dê certo, digo, eu e você. Não quero que sejamos perfeitos, quero que seja do nosso jeito, errado ou certo, tanto faz. E por favor, anota aí também: eu tenho um coração. E ele é todo seu.


(...)


Na verdade, se eu pudesse, gravava em ti, em cada parte do teu corpo e um lugar possivelmente mais vísivel, que você nunca se esqueça de quem és para mim. É que você sabe que essa minha mania de querer te amar mais do que eu posso, vai me corroendo aos poucos?! É que eu te amo, é que eu te quero bem, quero ter a certeza de que seus dias estão sendo ótimos, quero ter a certeza de que vai ficar com o sorriso lindo nos lábios que um dia me encantou, na verdade e a verdade é que eu preciso saber que você vai estar bem, para que eu fique bem. É meio clichê eu ficar dizendo que preciso de você, mas amor, eu preciso, sabe como é? É essa coisa que bate aqui dentro, que faz eu sentir um frio na barriga, um arrepio na espinha e sem nem eu perceber, já estou sorrindo, pensando em tudo que você me diz. Desculpe por estar sendo boba, ingênua, ou estar parecendo melosa demais, mas é que se eu não deixar fluir em mim, tudo o que eu quero te dizer, em algum momento inesperado, vou sentir um arrependimento. 
Sabe, eu sei que os momentos recentes não tem sido dos melhores, sei que as coisas entre nós dois, estão balanceadas e até meio que ainda conturbadas, mas eu te peço, assim, quietinha, no silêncio de nós dois, sussurrando pra você, não desiste de mim, ok? Não desiste não, eu sempre fui difícil assim mesmo de lidar. É que estou assustada, com medo, tremendo, com vontade de correr, não sei manejar esse sentimento, essa coisa aqui dentro que te quer perto a todo instante, não sei dizer não pra isso, sendo que eu quero deixá-lo florescer. As vezes só tenho vontade de dormir e nunca mais acordar, porque eu não sei o que virá depois dessa maré baixa, enquanto aqui dentro é um tsunami. E se vier pra fora, amor? E se o tsunami devastar tudo que vê pela frente? Não sei se posso lidar com isso de novo. A gente diz que não pode né? Mas é que eu sei o quanto isso vai acabar comigo. Então continuo te pedindo, não desiste de mim não. 
Fico aqui te dizendo coisas bobas, coisas até meio sem sentido, mas o que eu posso fazer? Odeio esse silêncio entre nós dois. Quero fazer as coisas darem certo, funcionarem perfeitamente, e que venha a calmaria de novo, tendo a certeza de que quando ela vier, você vai estar aqui comigo. Fico imaginando quantos "eu te amo", eu já disse pra você, mas é que isso não chega nem perto do que meu amor por você sabe? Só que eu não sei uma forma melhor de dizer que eu te amo, sem dizer, eu te amo. As vezes penso que você não acredita, acha que estou contando historinha, mas só eu sinto o que passa, só eu sei o quanto é forte. Então, não duvida nunca, ok? Mesmo que as coisas não estejam correndo nos trilhos, não duvida do meu amor, jamais. 

Ninguém nunca vai saber tamanha paz que encontrei no seu sorriso."

Take me to L.A.

No more fight


- Você mudaria tudo por mim, mas nunca muda o que me machuca.
- Vou mudar quando a gente morar junto.
- Vai agir assim até lá?
- Não, só quando eu ficar bravo.
- Ok, quatro vezes por semana, posso aguentar.
- Já falei. Se não aguenta mais, termina logo como fez naquele dia.
- Eu aguentaria qualquer coisa por você.
- Você não pode ser assim.
- Se você só vai mudar quando morarmos juntos, é só o que me resta.
- Não estou falando disso. Estou falando que não pode ser linda uma hora dessas.
- Só falei a verdade.
- Eu sei. Por isso não consigo ficar bravo por muito tempo, aff.
- Ficou tempo demais dessa vez...
- Ainda estou, mas assim você amolece meu coração de novo.
- Não fique bravo...
- Eu te amo, mas da próxima vez que não me avisar quando vai ou não sair, eu juro que termino com você. Não custava nada mandar um SMS dizendo: "Mozinho, não fui, tô em casa, beijo. Mozão".
- Tá bom, bebê. Me desculpa, tá? Te amo.
- Também amo você, Branquela.

DR's monstras, estranhas e 
ao mesmo tempo, amorosas.
Só com você.

Take me to L.A.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Coração de Cristal

  


- Nostalgia estar aqui, depois de tanto tempo longe. Seis anos já, quem diria.
- É estranho e ao mesmo tempo gostoso. Me bate uma saudade de quando éramos mais novos. Foi uma época feliz.
- Realmente... Até alguns anos atrás me questionava o motivo pelo qual foi embora.
- Agora você sabe. Sabe que pra mim também foi difícil ficar longe. Me perdoa?
- Te perdoei desde quando você se foi... Hoje lembrei de algo.
- Do que?
- De quando deitava em meu peito e contava a história dos coelhos que moravam na Lua e foram para Marte viver uma história de amor.
- Mas não é um final feliz, eles nem ficam juntos.
- Ainda sim continuaram se amando eternamente. Tem final feliz melhor que esse?
- Como você é bobo.
- Sempre fui.
- Eu sei, te conheço como ninguém... Eu quero te dar algo. - Ela se levantou do sofá e caminhou na direção da cozinha. Quando voltou, estava com uma das mãos fechadas. Ele sorriu e estendeu as mãos para que ela coloca-se o objeto que jazia entre seus dedos na palma de suas mãos. Ela abriu as mãos sobre as dele, fazendo assim com que o objeto caí-se de sua mão. 
Assim que ele viu o pequeno coração de cristal, entendeu que aquele órgão pulsante, lindo, porém duro feito cristal que ela carregava dentro do seu peito, seria eternamente dele. Pois ela havia dado a parte mais importante dela à ele. Doou seu coração para a pessoa que em sua vida mais amou.
- Guardarei com carinho. - Foram as palavras finais dele.

O silêncio não foi rompido durante a madrugada, mas isso não era algo ruim. Pois não haviam palavras para descrever aquele momento. Aquilo era o auge da felicidade. Ele olhava nos olhos dela e ela correspondia o olhar, era como se pudessem enxergar além dos olhos, como se enxergassem a alma, o amor, o coração.

Take me to L.A.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Amar você


Quando estamos amando alguém, acreditamos cegamente na pessoa. Confiamos nela, sem ligar se iremos ou não sofrer. Talvez também por este motivo que existe aquele velho ditado de que "o amor é cego". Faz sentido se olhar por este ângulo. 
Chega à ser meio tolo, bobo, mas eu fico besta quando estou amando. Tento fazer o possível e o impossível para agradar a pessoa que eu amo. Deixo até de me importar com o que os outros iram dizer de nós. O por quê? Porque como devo ligar para algo que alguém de fora diz ou opina em meu relacionamento se só é do interesse dela e do meu? Não tem lógica.
O sentimento sempre fica acima de tudo, tanto é que apesar de sentir falta às vezes, não fico magoado por ela não dormir comigo todas as noites, por ainda não poder tocá-la, abraçá-la, beijá-la. A distância é um mero obstáculo, já disse isso uma vez. 
Fico feliz só em aproveitar os nossos momentos juntos, seja no telefone, MSN, ou até por SMS, porque eu sei que um dia - em breve na verdade - estaremos juntos, curtindo e aproveitando o tempo perdido que passamos um longe do outro. 

Nosso relacionamento, é como qualquer outro - em alguns aspectos, quero dizer -, a distância é o de menos, pois ela não consegue diminuir o que eu sinto pela minha amada, a distância não irá nos separar. Fora que nós não somos só um casal, somos mais que isso. Nosso relacionamento consiste em confiança, sinceridade e amizade. Acredito que eu seja o melhor amigo dela, e ela a minha melhor amiga. Um conta com o outro, sempre foi assim. 
É claro que brigamos. Muitas vezes aliáis. Todas elas por ciúmes. Mas sejamos francos, qual casal no século XXI e nos séculos anteriores que não brigam/brigaram por ciúmes? Mas felizmente, nossas brigas duram poucos minutos, no máximo um dia. Depois um volta, pede desculpas e a gente volta a se amar. 
E sabe o por quê? Porque o que realmente importa, é o amor. É amar. Amar você.

Take me to L.A.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Ad infinitum


Não tente ser dono da razão, porque você não é. Na verdade, eu odeio as situações que você me coloca. "Faça o que quiser" "Faço o que você quiser" "Quero você. Dá pra ser?" quando alguém, no meio de uma briga, fala isso? Tu tem que esnobar, esculachar, ser irônico, estapear com palavras, mas é impossível com você. Até as nossas discussões tem carinho, e eu tenho vontade de te bater pela raiva, mas ao mesmo tempo, sinto vontade de te abraçar e não soltar nunca mais, te ter perto pra sempre, com aquela raiva me abandonando e o amor recuperando o foco. Nossas brigas são de travesseiro, não machucam, logo param quando as palavras se rasgam e os sentimentos voam feito penas no ar. Eu detesto a maneira como tudo ocorre, eu morrendo de ódio, querendo arrancar seus olhos com os dentes e você tentando loucamente beijar a minha boca. Argh! Você sempre ganha. Acabo me entregando, sempre. Mas eu sei que vai acabar assim, um querendo brigar e o outro conseguindo apaziguar, porque não tem como ficarmos brigados mais de 15 minutos. E vai ser assim, tende a piorar, a ficar mais intenso e as brigas mais frequentes, o ciúme mais doentio, mas o amor tende a aumentar também, a superar mais e mais todos os dias, a permanecer sobre tudo. Foi ontem, é hoje, será amanhã. Pré-destinado "ad infinitum". Amor.
M.

Take me to L.A., Post 200.