quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Waiting for something


Bati três vezes a testa na mesa, fazia sempre a mesma pergunta. "Que diabos eu estou fazendo?"
Seria certo deixar alguém que amamos ir embora de nossas vidas? Mesmo estando brigados, eu não podia permitir isso. Eu tinha de fazer algo, mas o que eu poderia fazer? O meu orgulho sempre falou mais alto, mas desta vez, ele não reinaria.

A discussão que tivemos alguns minutos atrás, fez-me ficar magoado, eu queria me vingar, mas jamais faria algo que a ferisse. Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém, não importa se estamos brigados ou não, a gente só quer o bem dessa pessoa. É isso que eu desejo a você. quero o teu bem, tua felicidade. Sei que parece que eu a odeio, mas eu não tenho nenhum sentimento para você que envolva ódio, apenas sentimentos que envolvam amor e carinho. Pensei muito nas palavras que eu disse. É, fui duro. Ela precisa de mim mais do que nunca, por tanto devo deixar meu orgulho de lado e ajudar quem mais precisa. Minha amiga.

Agora são exatamente 14h14, sabe qual foi o meu pedido? Desejei que você voltasse a minha vida. Como era antes daquela briga por um motivo tão fútil; seu ex namorado que nunca lhe deu valor.

Peguei o celular, olhei o número dela, era uma tortura, tomei coragem e resolvi mandar um SMS. "Eu amo você.", enviei. Depois disso, eu apenas esperei. Esperei pela sua resposta...

...E ainda espero.

Take Me To L.A.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Palavras de Sedgwick H. Angharad sobre mim.

"Eu não saberia descrever com simples códigos gráficos o que meu coração sente ao estar contigo, tampouco saberia descrever seu gênio. As sensações se misturam e os sentidos se atrapalham, existe algo em você que faz com que isso aconteça. Algumas vezes penso que é por gosto, fazer com que, todos os dias, todos os minutos, eu goste mais e mais de você... Contudo, outras vezes, parece-me que tu tentas se esquivar daquilo que te diz respeito, daquilo que está te afetando. Intrigante, fascinante, adoravelmente apaixonante.
És misterioso, paciente, mas ao mesmo tempo consegues ser furioso, com algumas doses perfeitas de violência verbal com todo um carinho enrustido.
Todo o amor que existe em você não caberia em palavras, ele apenas é lindo, é puro, e está desesperado para sair deste seu peito, ele implora para que você não tenha medo de deixá-lo fluir... Todo o seu ciúme, toda a sua amizade, sua preocupação com as pessoas que estão perto de ti não se escondem em algumas palavras frias, pelo contrário... Fazem você muito mais quente. Sou péssima com palavras, você sabe...
Eu conheci um garoto, eu gosto dele pelas qualidades, mas o amo pelos seus defeitos."

Para mim.

" Há algo no jeito em que você se move que me atrai como nenhuma outra coisa. Algo em seu jeito me agrada. Algum lugar em seu sorriso me faz ir em direção ao abismo profundo, caindo no meio das flores plantadas no cintilante das cordilheiras dentro de você. Os seus olhos me confudem, me apuram, me amedrontam, me acalmam, traduzir seu brilho não é tarefa fácil, pois talvez, não sejam para ser traduzidos, talvez a missão destas portas luminosas que colocaram em sua face sirvam para me hipnotizar e me encantar, prender-me mais ainda a ti.

Há algo nesse conjunto de frieza e mistério que lhe faz quente, que me faz quente, fervente.

Há algo dentro de você que palpita, que toca a mais bela melodia, que faz com que eu não queira deixá-lo jamais... E se você me perguntar se meu amor vai crescer, eu lhe digo: Fique comigo e descobriremos juntos. "

I don't love you anymore.

Fazem dois dias que não consigo dormir. Tudo por conta de uma briga que tive com alguém. Briga tola mas que causou a perda de um sentimento bonito; Amizade.

Antes eu achava que tinha algum valor para tal pessoa. Um valor parecido ao o que eu dava a ela. Infelizmente, ontem percebi o quanto nunca fiz diferença alguma. Estava eu lá, no tópico de uma comunidade, o tópico era o INR (Informações não requisitadas), postei; É melhor eu sair antes que eu fique mais chateado do que já estou.
Três posts abaixo ela postou; Não, pode deixar que eu saio, não consigo ficar no mesmo "ambiente" que você.
..
Me senti um nada, mas tudo bem, eu supero e olha, eu espero que nunca mais procure saber de mim. O pior de tudo, foi ela dizer que nunca me importei com nossa amizade, que eu apenas menti. Olha, menina, coisa que não sou, nunca fui, nem nunca serei, é ser uma pessoa falsa. Tudo que eu disse em todo esse tempo em que fomos amigos, tudo foi real. Meus sentimentos eram reais por você, mas você jogou fora, você pôs tudo a perder. Você quem me forçou a fazer essa escolha, pois não cumpriu o nosso tratado. Mas como você mesma disse, "foda-se". Se não faço diferença na sua vida, você também não fará diferença na minha.
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I don't love you anymore. I don't need you.


Take Me To L.A.

domingo, 26 de setembro de 2010

Qual seu nome, Felicidade?


Muitas pessoas dizem que sou idiota por amar alguém que mora tão longe e tem hora que me perguntam como é que consigo gostar de alguém sem ao menos ter visto pessoalmente, sem ter olhado nos olhos, sem ter tocado, sem algum tipo de contato físico. Ai eu respondo; "Eu a amo pelas palavras dela, palavras que saem do coração, da alma. Ou seja, eu a amo mais por dentro do que por fora, apesar de ela ser tão linda que deixaria qualquer um cair em teus pés se quisesse". Mas não adianta, são poucos que entendem isso. O pior é que as vezes me pergunto; O que foi que ela viu em mim? Não tem lógica pra isso, mas agradeço por meu sentimento ser reciproco.
A todo momento, eu quero estar com ela, tudo bem que por enquanto só a tenho mentalmente, mas no futuro, ela será minha tanto fisicamente quanto mentalmente. Ter a certeza disso me conforta. Tem algum tempo que não sinto tanta falta de contato fisico quanto eu sentia. É porque eu sei que eu tenho ela. É porque é somente ela quem eu desejo. É só nela que eu penso e não existe a possibilidade de eu ficar com alguém só para satisfazer minhas "necessidades", fora que também eu iria considerar isso como um ato de adultério meu, mesmo nosso relacionamento não sendo oficial.
A maior parte das pessoas, pensam que a felicidade é só estar perto e tocar a pessoa amada, de certa forma é claro que é isso, mas a felicidade também é viver o que vivo com minha menina. Já me disseram que sou infeliz, mas pelo contrário, sou o cara mais feliz da face da terra. Amo e sou amado. Tem coisa melhor que isso?
Eu sou feliz. E para mim, a felicidade tem um nome. O nome dela é Maria.


Take Me To L.A.

sábado, 25 de setembro de 2010

With (...)


Sai da rodoviária com minhas bagagens, fui em direção a um carro prata com os vidros escurecidos, eu estava com um sorriso de canto no rosto mas não sei como eu sabia que ela estava lá, naquele veículo, me esperando. Ela não percebeu quando eu me aproximei do automóvel, devia estar distraída, bati uma vez no vidro da porta do motorista, olhou para mim e se assustou por ter sido pega desprevinida. Apesar do susto, abriu a porta para me abraçar, deixei as malas cairem ao chão para conseguir retribuir o abraço. Alguns minutos depois, afastou meu rosto com as mãos e me olhava como se não acreditasse que eu estava ali. Sorri, com cautela, segurei seus punhos e afastei suas mãos de meu rosto. Continuei segurando apenas sua mão direita, balancei algumas vezes para cima e para baixo.
- Olá, sou o Travis. - Me apresentei.
- Maria. - Ela disse um tanto sem jeito.

Como era de se esperar, minha presença a deixava constrangida, sentia vergonha de mim. Justo de mim, o teu amor e teu amado. Sem delongas, entrou novamente para o carro, reergui minhas malas e caminhei até o porta mala para guardá-las. Abri a porta e sentei-me no banco de passageiro, fixei os olhos nos dela, ergui um pedaço de minha camisa, peguei sua mão direita e forcei sem grosseria a tocar no meu abdomen.
- Ó, estou gordo. - Falei com ironia.

Ela não disse nada, apenas sorria e me observava. Sem que ela percebesse, ergui lentamente a blusa que ela vestia; um moleton preto que dava um contraste perfeito por ela ser branca. Assim que meus dedos tocaram seu umbigo, se arrepiou.
- Hum, pelo visto você continua em forma. - Um riso malicioso saiu de meus lábios, mas parei assim que deslizei os dedos, penetrando a calça dela. Mas algo que eu não esperava aconteceu. Ela me reprimiu. Com sua doçura, retirou minha mão atrevida e eu apenas acenti, entendendo que estava indo muito depressa. Voltei ao meu lugar e ela ligou o carro.

A viagem toda foi um tanto constrangedora, ela não dizia nada e para não complicar mais ainda minha situação, preferi ficar calado. Assim que chegamos, entramos na sala então percebi que este final de semana, a casa seria apenas nossa. Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto e então ela quebrou o silêncio.
- O que foi?
- Ãh? - Despertei de meus pensamentos. - AH! Nada não..
- Sei. - Fez aquele olhar de desconfiança e tive de me segurar para não rir.
- Amor?
- Oi, Travis?
- Aonde é o quarto? Não dormi direito no ônibus, quero descansar um pouco.
- Sobe as escadas, o primeiro quarto à direita.
- Obrigado.

Segui suas instruções e entrei no comodo escuro. Não pude reparar nada, pois não acendi a luz, apenas deitei-me na cama. Um pouco antes de eu adormecer, ouvi a porta se abrir. Ela entrou no quarto e deitou de frente para mim. Abri os olhos na esperança de conseguir enxergá-la, mas falhei, estava um breu total. Mesmo na escuridão, procurei seus lábios atravez de sua respiração, nossos lábios se encontraram e eu a beijei com todo o amor e carinho que existia em meu peito. Mais uma vez, segurou meu rosto com as mãos e afastou meus lábios dos dela, fiquei sem entender e antes que eu tentasse dizer alguma coisa, ela sussurrou:
- Eu amo você.
- Eu também a amo.

Por fim, o silêncio voltou. Mas dessa vez, era um silêncio tranquilizante. Nada nem ninguém poderia estragar aquele momento. Éramos só nós dois. Virou-se para o outro lado, ficando assim de costas para mim, eu a abracei e nossos corpos se encaixaram perfeitamente. Adormecemos juntos e alguns segundos depois, acordei sozinho em minha casa. Era um sonho. Era só mais um sonho... Com ela.

Take Me To L.A.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Remember.

É inevitável não chorar quando lembramos de algo triste ou de algumas dificuldades que tivemos no passado. Ontem mesmo, chorei por algo tão bobo, uma lembrança apenas causou-me angustia. Uma mera reclamação mais ou menos dizendo o seguinte; "Ah, minha vida é uma merda. Ontem não pude sair, meus pais são um saco e eu não aguento mais essa vida.", típico de uma guriazinha mimada que por causa de UM dia de castigo faz um drama desses. O pior nem é isso, ela tem dinheiro, tem tudo que alguém como eu queria ter. Tem uma família estabilizada, sem problemas com drogas, com cigarros, bebidas alcoólicas ou seja, qualquer tipo de vício. É algo que me deixa um tanto indignado, então resolvi disse umas verdades a ela. Relembrei de quando eu era pequeno e não tinha condições de ter os brinquedos que eu gostaria de ter. Sentia inveja do meu primo por ele sempre ter brinquedos melhores do que os meus. Meus pais se separaram quando eu tinha apenas quatro anos. Trabalho desde meus doze anos de idade, entregava folheto, 10 reais por dia era meu salário. Tudo que tenho hoje, conquistei com meu suor, nada foi dado de mão beijada para mim. Minha família tem problema com drogas, nunca tive um apoio paterno, só vim ter depois dos quinze por ter sido adotado. Eu que sustento minha família, mas já fui expulso de casa sem motivo algum pela minha mãe bêbada e ela ainda disse que eu era a desgraça da vida dela, foi uma das piores dores que já senti em minha vida, o desprezo de uma mãe. Com todos esses problemas, nunca reclamei de algo, apenas levo todos esses obstáculos da vida como uma lição, um aprendizado. Eu teria motivos para falar, mas penso o seguinte; Se foi essa vida que Deus me deu, quem sou eu para reclamar?

Take Me To L.A.

Suicide.


Ich schrei in die Nacht für dich
Lass mich nicht im Stich
Spring nicht
Die Lichter fangen dich nicht
Sie betrügen dich
Spring nicht
Erinner dich
An dich und mich
Die Welt da unten zählt nicht
Bitte spring nicht
Spring nicht

Und hält dich das auch nicht zurück
Dann springe ich für dich.

Tokio Hotel - Spring nicht.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010


- Mozinho.
- Diz, Mozão.
- Eu te amo muito.
- Eu também te amo.
- Sempre estarei aqui pra você. Até o dia que não me quiser mais.
- Eu sempre vou te querer.
- Espero que assim seja.
- E será.
- Sabe o que eu queria hoje?
- O que?
- Dormir ouvindo você cantar pra mim. Atééééé eu pegar no sono.
- Nossa, sou desafinada pra caramba.
- Mas pra cantar cantiga de ninar não precisa ter voz afinada.
- É, né? Aw, tipo neném? Que lindo.
- Nana neném, que a cuca vem pegar. Papai foi na roça e mamãe canta pra ninar.

(1 minuto de silêncio)

- Eu sei que é foi passear, mas né. - Refletindo.
- Aff, você é lindo.
- Tu que é linda, amor.
- Nos teus olhos.
- E no meu coração. Todo mundo te acha linda e fofa.
- Não preciso que ninguém mais goste de mim além de você.
- Não se vive somente por uma pessoa. Mas é lindo ler isso. Até porque eu te amo demais. Então ler isso significa muito pra mim.
- Não sabes o quanto eu fico feliz em acordar no meio da madrugada com um SMS teu, ou simplesmente acordar e lembrar que tu és meu. Nunca deixei de te amar, depois que tu entrastes na minha vida só tive olhos, mente e coração pra ti.
- Mor, eu te amo um bocadão.. Fico triste quando está sem credito, é tão bom ficar recebendo seus sms's. Fico bravo com você devido meu ciúmes e minha insegurança. Tenho medo de te perder, porque tudo que tenho de mais lindo e puro na minha vida é você.
- Não tens necessidade de ficar bravo comigo, ninguém vai tomar teu lugar dentro de mim. Sou insegura também, às vezes acho que mereces alguém melhor, às vezes acho que tudo vai acabar logo, que tu vais encontrar uma pessoa que possa lhe dar o que eu não posso...
- Como alguém poderia me dar algo que só você tem?
- Você sabe.
- Sabe o que você tem que ninguém mais pode me dar?
- Não.
- Você tem a minha felicidade em suas mãos. Só você pode conceder ela pra mim.
- Olha só, já fiquei derretida. É isso que tu causa, tu me deixa mole, com um sorriso bobo na cara, com meu coração pulando.
- É que você não sabe o que você causa em mim. Eu te amo muito, Maria. Das profundesas até a superfície do meu coração.
- Eu também te amo muito.
- Amor da minha vida.

Take Me To L.A.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Por do Sol
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Olhávamos o horizonte buscando a pureza no ar. Uma imagem tão linda, nos fez delirar.
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Jamais tinha observado tamanha beleza da natureza. E o melhor, ela estava ao meu lado, abraçados e olhando o sol indo embora. Me senti tão bem. Não existia nenhum lugar no mundo onde eu quisesse estar naquele momento além daquele lugar, quero dizer, não trocaria nenhum dinheiro nem nenhuma paisagem se quer por aquele dia com ela tão próxima de mim. O dia logo se acabaria, ela logo embora iria. Mas eu não pensava naquilo, só queria aproveitar aquele tempinho que restava com ela. Era tão bom. Incrível a forma como ela me fazia feliz só com um olhar ou com apenas um sorriso sem graça. Mal ela sabia que era o amor da minha vida, mal ela sabia.  


Take Me To L.A.  (

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Re-começo


ReComeço. É a palavra mais apropriada no momento. Desde quando fiz este fake, eu tinha um objetivo. Conquistar alguém. A pessoa pela qual me apaixonei perdidamente. Uma paixão absurda quanto idiota. Amei alguém sem ao menos conhecer. Senti ciúmes do que não era meu. Tive esperanças de que ela me notasse, mesmo assim, de início, ela não notou. Quando a vi, ainda estava solteira, não tinha ninguém para amá-la como eu a amava. Então acabei investindo mais do que devia. Depositei todo o meu amor em uma desconhecida que nem se quer fazia ideia da minha existência. Doentio, não? Porém, era um sentimento puro e tão sincero como tal, eu a amava do fundo do meu coração, sem se quer ter trocado uma palavra se quer com a menina. Devido alguns problemas que causei na vida dela, fui obrigado a me afastar. Me afastei por causa dos meus sentimentos, mas de qualquer forma, acho que foi melhor assim. Sei muito bem que coisa boa eu não sou, se eu fosse, não estaria sofrendo tanto com o nosso afastamento. Estou apenas pagando pelos meus pecados. Pagando pelo que eu fiz com alguém. E agora, alguém faz comigo.
(O feitiço virou contra o feiticeiro.)

Take Me To L.A.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Um para sempre real.

- Bom dia, dorminhoco. - Ela disse com a voz doce e sedutora, a que enlouqueceu-me noite passada.
- Hum... - Murmurei baixinho enquanto erguia os braços para espreguiçar-me. - Bom dia... - Minha voz era rouca, tão rouca que até estranhei. Eu estava com os olhos ainda fechados mas senti o sorriso em seu rosto assim que me escutou. Abri os olhos para ver seu sorriso, seu rosto. Meu coração parou e senti uma fincada no mesmo. Não era de dor, era só o cupido que havia me acertado neste exato momento e somente agora aquele rosto simples fazia tanto sentido no momento, aquele rostinho meigo pela manhã, aquele olhar de admiração.. Eu me sentia tão especial ao lado dela.
"Tão linda, tão carinhosa e aqui, na minha frente. Minha." - Pensei e sorri orgulhosamente.
Ainda estava grogue por ter acabado de acordar, mesmo assim, esforcei-me para dizer algo que eu já devia ter dito a algum tempo.
- Você não faz ideia do quanto eu a amo.
Mais uma vez seu sorriso radiante e malicioso surgiu em sua face, então ela ergueu a perna, passando sobre meu corpo para poder sentar-se em meu colo, repousou suas mãos em meu peito ainda nu e curvou-se para beijar meus lábios docemente. Quando os afastou, deixando apenas alguns centímetros longe dos meus, sussurrou:
- É porque você não faz ideia de quantas vezes meu amor é maior que o teu. - Suas palavras finais calaram-me durante muito tempo.

Meu coração explodiu em euforia. Ela estava feliz. Eu estava feliz. Esse era o nosso final feliz.

Take Me To L.A.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


" Queria poder dizer o quanto és especial, dizer que me sinto bem contigo e que não quero perdê-lo jamais. Que o gosto da vodca perde a graça e que os olhos já não veem o óbvio, que fico pateta buscando sempre o que te dizer, selecionando palavras para que elas sejam tão suaves e aveludadas quanto as suas. Que de repente, os quilômetros já não nos separam, que quase ouço sua voz percorrendo o corredor, avisando-me de que está em casa. Alguns vão dizer que é perda de tempo insistir em uma causa perdida, mas é difícil enxergar o que se passa aqui dentro, acho que quem está por fora não deve condenar, tampouco necessita entender, deve apenas acatar e deixar em paz o que acontece. É minha paz, minha única possibilidade de paz, joguei sobre você tantos medos, tantas mágoas, tantas doenças, tanta coisa trancada, tantas coisas duras por dentro, magoei você por coisas tolas, enxerguei você em um cenário ígneo tantas vezes, absorvi toda a sua paciência horas e horas, e você, ah, você... Jamais me negou abrigo, jamais negou um colo, jamais negou o afago nesta cabeça cansada, repetia por vezes: Está tudo bem, tudo, tudo bem. Não importa se outra pessoa puder te tocar, puder beijar seus lábios e envolver os braços no teu corpo, que possa ecostar o ouvido no teu peito e ouvir teu coração, não importa... Desde que tu lembres de mim, nem que seja uma lembrança besta, mas que lembre e sorria, e que seus olhos brilhem de alguma maneira. Esse será o sinal de que, onde quer que eu esteja dentro de você, ainda serei importante, esse será o sinal de que o pedaço de mim que ficou com você ainda não me fará falta, porque eu perdi um pedaço de mim, há muito tempo, e nem morri... Porque eu recebi outro pedaço, o teu pedaço, que me mantém viva nessas tardes cinzentas de agosto, que me faz rir sozinha, que me faz sentir coisas inexplicáveis, que me faz ter dias lindos, mesmo quietinhos.

Não sei aproveitar palavras como utensílios, você sabe, sou péssima com isso, mas não vejo nenhuma outra maneira. Deixo todo o meu amor e a saudade infinita que habita meu ser e que engrandece a cada dia que passa. Eu te amo, por favor acredite, eu te amo. "


Uma mordida é sentida em meu pescoço. Dor. Prazer. Satisfação do próximo. Abri os olhos e ela estava de pé em minha frente. Passei a mão em meu pescoço pois senti algo escorrendo por ele, ainda meio que atordoado, levei a mão para poder enxergar a cor do líquido que deixou minha mão umida. Minha visão não era uma das melhores, não conseguia enxergar com clareza mas pude ver que era de um tom bem avermelhado.
Sangue. - Pensei.
Sem se quer perceber sua aproximação, ela subiu em minha cama quase como uma gata, engatinhou até seu rosto ficar rente ao meu, respirou profundamente em meus lábios e consegui sentir o cheiro doce de seu hálito. Sentou-se em minhas pernas enquanto ajustava suas mãos na cama para deixá-las como apoios. Passou o indicador sobre o ferimento e levou o mesmo aos lábios.
- Teu sangue é tão saboroso.
- É? - Eu disse com um sorriso malicioso, aquele apenas com o cantinho dos lábios erguidos. - Tenho algo melhor do que sangue para lhe ofertar.
- O quê? - Disse ela com uma voz lenta, calma e extremamente sedutora.
- Preciso mesmo dizer? Você sabe o que é.
Senti um arrepio percorrer meu corpo no momento em que ela deslizou ambas as mãos de meu peitoral, passando pelo abdomem até chegar no botão da calça. Assim que ela abriu o único botão, pronta pra abrir o ziper que era sua próxima etapa, ela fixou os olhos em minha face, me olhava como se esperasse que eu fizesse aquela cara de tesão. Um olhar tão safado que fez-me perceber que aquilo era só um sonho. O olhar dos meus sonhos. O que talvez jamais ela irá fazer.

Take Me To L.A.