quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A carta que não foi mandada.

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca…
Te chama de nomes que eu não escreveria…
Não te vira com delicadeza…
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar….
Sem querer apresentar pra mãe…
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral…
Te amolece o gingado…
Te molha o instinto.
Sentir aqueles odores do outro, os fluídos…
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de
amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar
ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.

Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te
abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar para os outros e se orgulhar, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: “Qui que cê acha amor?”.
É não ter companhia garantida para viajar e falar besteiras…
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho… de conchinha.
É não ter alguém para ouvir seus dengos…
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
 

Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
 

Experimente ser amado… Experimente ser cuidado… 
Experimente estar com que topa tudo por você… E tope tudo com ela…

A vida é a arte de tirar conclusões suficientes de dados insuficientes

 Luiz Fernando Verissimo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Waiting for a call.


Desde quarta-feira, estava doente, fui trabalhar quase delirando devido a febre alta. Meu patrão mal se importou que eu estava doente, só queria que eu trabalhasse.

Sexta, ainda não havia melhorado então resolvi ir para o pronto socorro antes de ir para o trabalho. Sentia dores fortes que se iniciavam na nuca e percorriam por toda extensão da minha cabeça, também estava com a garganta inflamada, dor em ambos ouvidos, febre externa e interna, resumindo, meu corpo estava exausto. Assim que adentrei no consultório, descrevi meus sintomas, o diagnóstico foi rápido, mas eu estava com uma dor tão insuportável que não consegui entender quase nada, pois tudo que eu queria era uma melhora. A única coisa que entendi, é que eu estava com o início de alguma coisa, ele disse um nome que eu nunca ouvira antes. Receitou um anti-inflamatório, provavelmente para a garganta, havia muito pus nela, e uma injeção pior que bezetacíl, pois ela não doia na hora como tal, ela doia um pouco depois e a dor, parecia que eu estava sendo queimado internamente. A perna? Nem conseguia mexer, porque qualquer movimento por menos brusco que fosse, fazia com que a dor se intensificasse. Quando saí do Hospital. fui direto para o trabalho.

No Domingo, havia melhorado um pouco, então resolvi ir até um velho amigo que infelizmente, vive na mesma cidade que a dela. Passei o dia inteiro na rua com o meu amigo e com algumas garotas - que com o passar das semanas, tornaram-se minhas amigas também -, bebemos, nos divertimos, nos distraímos. Foi um dia legal, apesar dos apesares. Ao menos cosegui focar minha mente em outra coisa.

Segunda, fui cedo para casa, era meu dia de folga. Quando cheguei na estação de trem, fiz o mesmo ritual de sempre, sentei-me no ultimo banco. Sorria sozinho, às vezes chegava até a rir, embora rir me fizesse doer a cabeça, ainda estava doente. Em casa, sentei na cama, estava cansado. O pó do quarto só me fez piorar, minha bronquite atacou, sinisite atacou, a dor de garganta piorou mas desta vez, deixando-me completamente sem voz. Pensei em ir no hospital no dia seguinte depois que eu acordasse. Olhei o relógio, 4 horas da tarde, repousei minha cabeça no travesseiro e pensando nela, adormeci. Ao acordar, reparei que a noite havia caído. Novamente olhei o celular, desta vez a luz do visor feriu meus olhos e com isso, fez com que eu sentisse uma pontada forte na cabeça. 21:28. Havia três chamadas perdidas e duas SMS recebidas. De início, mal dei importância, pensei que fosse apenas minha mãe se preocupando comigo, mas quando vi a ultima SMS, meu coração palpitou. Não sabia se de emoção ou se era de temor, medo.

SMS: "Quero te contar algo, acho bom você me atender. 19:40"

Era ela. As três chamadas eram dela. Fui dormir pensando nela e acordei com menssagens dela.

Respondi: "Eu estava dormindo... Por isso não te atendi, estou doente desde quarta, ainda não melhorei. Se quiser que eu ligue na sua casa, mande SMS, mas aviso logo, estou completamente sem voz."

Cinco minutos e ela não respondeu, resolvi ligar. Caixa postal. Em seguida recebi outra SMS:
"Não posso falar agora. Mais tarde eu te ligo, pode ser?"

"Está bem, vou dormir mais um pouco então, ficar doente deixa o corpo exausto. Se cuida."

Seis minutos depois desta SMS, refleti um pouco. Percebi que era uma péssima idéia atendê-la, resolvi mandar mais uma SMS.

"Bem que você podia contar por SMS.. Ouvir sua voz só vai piorar a minha situação. Ainda mais agora que eu estava conseguindo cumprir o que prometi para você; não te procurar mais à pedido seu."

"Bom, não foi tu quem procurou. É algo sério e eu tenho que falar pelo celular..."

"Algo sério? Hm... Está bem, ficarei aguardando então. Mas já disse, estou sem voz, então se você não me ouvir direito, não terei culpa."

"Enfim, fica com o celular. Até. 21:57."

Esperei, esperei e nada. A ansiedade pelo telefonema era tanta que comecei a ligar para ela a madrugada inteira e só fui conseguir dormir às 08:37 da terça-feira. No mesmo dia, lembrei de algo que ela me disse uma vez, que eu não havia mandado sms e fez com que ela pensasse que eu não pensei se quer uma vez no dia nela. Pensei ter passado pela mesma coisa, fiquei triste, mas eu não podia reclamar. Às 18:08, estava no trabalho e resolvi mandar um ultimo SMS.

"Pelo visto, desistiu de me contar o que queria. Não entendo você, mas olha, estou respeitando você, por isso não te procurei mais. Eu não quero mais ficar sofrendo, também não quero me iludir. Quando você me procurou ontem, meu coração quase explodiu de tão rápido que batia. Me enchi de esperança sem ao menos saber o que iria me dizer. Com isso, mal dormi de preocupação e ansiedade. Eu amo você. Mas não quero mais me sentir assim. Você não faz idéia do quanto fiquei chateado por não me ligar.. Mas tudo bem. Se cuida. Tchau."

"Cara, eu dormi. Por isso nem liguei. E você sabe como odeio que fiquem me ligando de madrugada, ainda mais que eu dormi. Enfim, uma hora eu te ligo."

Ela ligou. Somente na quarta e para a minha infelicidade, não para dizer algo que eu esperava, que iria me agradar. Mas sim para dizer que estava decepcionada comigo. Saber que ela estava assim por um erro meu, me fez cair na real que era definitivamente a hora de esquece-la.

Take Me To L.A.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Parabéns, querido irmão.

Hoje completastes mais um ano de vida. Mais um ano de amizade. Fazem mais ou menos sete anos que conheci alguém que carregarei dentro do meu coração para sempre. Um amigo, que sempre poderei contar. Um irmão, que sempre irei amar.

Dias atrás relembrei do nosso passado. Momentos que passamos, momentos em que rimos, brincamos, brigamos, amamos e choramos. A maioria de nossas brigas foram sempre pelo mesmo motivo: Mulheres. Tanto que um já foi traído pelo outro, seduzidos por uma mulher que apenas no manupulou. E o outra, que apenas me usou para se aproximar de você. Apesar desses deslizes de nossa amizade, nos perdoamos pois acima do amor que sentimos um pelo outro, nós somos praticamente irmãos de sangue. És o único que sabe praticamente sobre toda a minha vida, todos meus segredos, amores e sofrimentos. Da mesma forma que sou um dos poucos que sabe tudo sobre você. Conheceu meu passado tosco, curtimos nossa tosquice juntos, amadurecemos juntos. Desde o início da minha vinda ao mundo fake, você esteve presente em todos os momentos dela, desde os bons aos ruins. Você nunca foi só meu melhor amigo, você sempre foi mais do que isso, irmão.

Sabe o que recordei? De quando pensávamos algo e era praticamente o que o outro pensava, como se fossemos irmãos gêmeos. Apesar que eu ainda acredito nisso, que somos, mas que fomos separados na maternidade, HUAHAUA. Recordei também das vezes em que íamos em comunidades aleatórias e dizíamos que morávamos na mesma casa, só estávamos em quartos separados. Todos acreditavam e cara, eu achava aquilo tão foda. Foi uma época foda. Dentre todos os momentos em que vivenciei aqui, de 2005 à 2006, foram os anos que mais amei. Pois foi quando tive meu primeiro amor, conheci minha melhor amiga e adotei meu irmão mais novo. A pessoa que dividiu virtualmente o mesmo útero que eu. Pessoa que amo e que admiro. Mecki, eu como seu Brother mais velho, tenho orgulho da pessoa maravilhosa que nunca deixou de ser. És assim desde o dia em que me disse; "Tudo bem, seremos irmãos. Mas você será o único e somente o MEU irmão". Tantos episódios juntos... Chega a ser difícil relembrar todos eles sozinho e colocá-los em meras palavras. Mas é como sempre falei; "Namoradas vem e vão. Mas o amor e a amizade que eu sinto por você, é eterno".

Você é uma parte da minha vida que jamais irei apagar. Nem posso, não é? Pois você ainda faz parte dela. Cara, dou minha vida por você e você é o único cara que não me importo em ficar com essa imagem de boiola só por dizer que amo você. Porque porra, só nós sabemos o quão puro, inocente e verdadeiro é o nosso amor. Eu amo você, dude. Sempre amei. Te desejo do fundo do coração que este dia seja um dos mais especiais em sua vida. Jamais se esqueça de mim. Parabéns, querido irmão. Você merece.

Do seu amigo e irmão,
Take Me To L.A.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

049


Ao longo dos anos, após o término de um antigo relacionamento, tentei encontrar em outras pessoas, o amor belo e único de meu primeiro amor. Felizmente, não consegui, apenas percebi, que cada pessoa tem seu brilho especial, é única e insubstituível. Dias atrás, disse a uma grande amiga: "Ninguém pode substituir ninguém. Somos todos insubstituíveis.", tentar fazer isso, só irá nos machucar e machucar quem estamos, de certa forma, iludindo.

Cada amor verdadeiro que senti, depois que o relacionamento se acabou, pensei não gostar mais da pessoa, mas o amor ficou guardado dentro do meu coração e com o passar dos anos, a dor forte que eu sentia, transformou-se em um carinho enorme e inexplicável. Ao meu ver, isso me parece amor. É claro que não o mesmo amor, um amor diferente. Mais que amigos, menos que namorados. Por isso sempre digo que meu pensamento, em relação ao amor eterno, é diferente do de muitas pessoas, pois não importa se brigamos com a pessoa que amamos um dia, depois de um tempo, sentiremos carinho e orgulho pelo sentimento lindo que já sentimos por ela e principal, de como era bom amar tal pessoa. Então, este sentimento, para mim, sempre será eterno. Acredito que todo amor verdadeiro - não digo de paixões -, é eterno. Ficará em nossos corações e mentes para sempre.

O primeiro amor, é o que mais relembramos, o que mais sofremos, o que mais amamos. Até hoje, recordo dos maravilhosos momentos que tivemos juntos, embora todos eles foram apenas virtuais. Tanto eu, quanto ela, éramos novatos na questão amorosa, quero dizer, em sentimentos verdadeiros, porque ambos já haviam se relacionado com outras pessoas, mas jamais amado alguém com tanta intensidade.
Com o primeiro amor, aprendemos inúmeras coisas. Algumas boas e saudáveis, outras ruins e dolorosas. Com ela, aprendi a amar as pessoas pelo que são, não por beleza exterior - mesmo ela sendo atraente -, por grau de escolaridade ou por popularidade.
Sofri por dias, semanas, meses e anos por esta garota, mas hoje posso afirmar que com o sofrimento também aprendi algo; Valorizar mais as pessoas que amo, para nunca perdê-las.

No começo do ano, quase nos vimos, mas infelizmente aconteceu um imprevisto e não pude visitá-la. Uma pena, pois eu teria ficado tão feliz se eu pudesse ver e abraçar a pessoa que mais amei em toda minha vida.
Às vezes me pego pensando nela. Vejo o número do seu celular. O prefixo.. 049. Sinto vontade de ligar, saber como a vida dela anda, se está bem, se está feliz, se ainda se lembra de mim, se ela sente o mesmo carinho e a mesma saudade que eu sinto... São tantas perguntas.
Se algum dia, alguém me perguntar se ainda a amo. Com orgulho direi; "Sim, pois como sempre falo. O primeiro amor, a gente nunca esquece."

E é isso, Sam. Sempre te amei, sempre irei te amar, pois tenho um carinho enorme por você.

Eternamente grato,
Take Me To L.A..

31 de dezembro.


Início da Sessão: sexta-feira, 31 de dezembro de 2010.
- Cheguei
- Mil anos depois..................
- Desculpa, to cansado nossa..
- Tudo bem. ;; Mas, você tá bem?
- To mais ou menos. E você?
- Ti foi? Eu tô bem sim, amor.
- Ah, aconteceu uma briga aqui em casa, to todo dolorido, nem vou mais na paulista.
- Sério? Mas, não vai passar sozinho, né? ;;
- Vou passar dormindo. Levei uma de raspão no nariz que chegou a sangrar
- Nossa, mas tá doendo? ;;
- Dói se toco nele. Mas o que mais dói é o corpo. Estou todo dolorido.
- Nossa, foi feio então. ;;
- Sim.. Mas deixa, fazer o que.
- Eu sei que é foda, mas não fique triste... Não agora. ;;
- Não to triste, amor. Só cansado e dolorido.. Tu queria que eu entrasse porque bbzinha?
- Porque eu queria falar com você no último dia do ano, né.

Saudades das pequenas brigas, das pequenas palavras de amor.

Take Me To L.A.

T&B.



Conversa por mensagem do dia 8 de Setembro de 2011, às 18:58.


- Conheci um cara legal. Pena que é virtual. Ele é quietinho, mas é um amor.
- Toma cuidado, porque você sabe, hoje em dia é difícil achar alguém sincero e de confiança, por mais dócil que seja. A maioria vive/viveu na mentira. Até mesmo eu já enganei você uma vez, o que diria de um estranho que conheceu à poucos dias, uh?
- Eu sei..
- Não se precipite, nem se iluda. Tente conhecer primeiro.
- Eu sei...
- Olha, a carência também pode ser amenizada com o carinho de um amigo. No momento, ao meu ver, é disso que você mais precisa. Precisa ficar abraçada com alguém e dizer tudo que está sentindo sem se quer abrir os lábios. Ficar apenas no silêncio do abraço de alguém que ama, mesmo que seja apenas um amigo. Eu entendo isso, porque também preciso fazer o mesmo, afinal, o silêncio também é uma forma de desabafar. Sei que não estou ai, mas posso conversar com você quando precisar. Palavras amenizam um terço da carência e eu quero muito te ajudar.
- Eu só preciso de alguém... Quero você aqui do meu lado, gôido. É uma merda quando você some.
- Você sempre terá a mim. Já disse que quando se sentir sozinha ou triste, basta me ligar. Eu amo você, gorda. Quero te ver feliz. Não estou literalmente presente em sua vida, mas estou presente em seus pensamentos e em seu coração, por tanto, quando sentir-se mal-amada pelo mundo, lembre-se que você tem um amigo, que apesar da distância, te ama com todo carinho e amor do mundo. E tudo que ele quer, é cuidar de ti e vê-la feliz.
- Obrigada, Gordinho. Pelo menos tenho você...
- Sempre vai ter com quem contar. E não me agradeça por isso, pois não faço por gratidão, mas sim porque lhe amo.
- Te amo muito. Não esqueça que desejo o melhor para ti e que faço tudo pra te ver bem, ok?
- Nunca me esqueço disso. Também amo você, tu sabes disso.
- Lindo. Você merece o que há de melhor no mundo.
- Você também merece.

"Gordo, eu estava muito arrasada, olhando as mensagens agora novamente eu percebi que não disse nem um quarto do que eu queria, do quanto que eu sou grata e te amo. Sei que as vezes nos distanciamos, que posso não ser uma grande amiga que nem outras, mas cada mais você se torna especial. Sei que quando eu precisar, para o que for, você estará sempre presente para me apoiar, abrir os meus olhos, me consolar. Ultimamente você tem sido a única pessoa para quem conto as coisas, pois eu sei que você não me julgará pelo o que eu faço, diferente das outras pessoas. Você é uma pessoa tão especial em minha vida, tão maravilhosa, que eu queria saber como retribuir tudo o que você faz e traz de bom para mim para demonstrar a minha gratidão. Sempre quando eu penso em você, me vem as melhores sensações do mundo, quando eu percebo que não estou sozinha. Você é uma pessoa maravilhosa, de um coração tão puro e lindo que é impossível não se envolver e ficar encantada contigo cada dia mais. Eu sei que todos os seus erros não são propositais, e o mais importante é que você não deixa se afundar com isso... Você cresce mais e mais, mostrando cada vez mais maduro nas situações, juizado, um homenzinho. Você sabe que tempos melhores virão e eu estarei aqui, torcendo por você, torcendo pela sua vida, pelo seu sucesso e pelo seu bem estar. Lembre-se que estarei sempre disponível para você, para tentar retribuir tudo o que me faz e fez de bom, algo que eu nunca conseguirei. Espero que essa amizade, esse carinho e esse amor que eu tenho por você apenas cresça não só em mim, mas em você também. Eu te amo demais, gordinho. E nunca mais esqueça o meu nome! Hahahaha."

D&L, friends.

O futuro da humanidade.


"Ninguém morre, quando se vive em alguém. Doem seus órgãos. Vivam em alguém."

Marco Polo tentava distraí-lo, mas seu olhar era opaco, sem o brilho das outras vezes. Estava circunspecto. Percebendo que a conversa seria um monólogo, resolveu ir embora. Respeitou seu momento. "Não vale a pena pressionar quem não está disposto ao diálogo", refletiu. Após os primeiros passos, Falcão disse-lhe:
- Não é recomendável que os normais se aproximem de mim. Marco Polo, intrigado, sabia que ele não se abriria se não provocasse sua inteligência. Mas não poderia ser estúpido. Arriscou dizer:
- Não há um normal que não seja anormal e nem um anormal que não seja passível de ser um mestre.
Falcão olhou admirado o amigo, mas desferiu-lhe um golpe inesperado: - Disseram-me que sou perigoso para sua sociedade. O que você espera de mim? Sou um doente mental. É melhor desaparecer.
Marco Polo ficou calado. Sempre fora impulsivo, mas estava aprendendo a difícil arte de pensar antes de reagir. Após um momento de introspecção, disse:
- Os aparentemente saudáveis sempre cometeram mais loucuras contra a humanidade do que os loucos. Você não é perigoso, a não ser para os que têm medo de pensar.
Falcão esfregou a mão direita na testa, levantou-se, foi até uma flor e começou a falar com ela.
- Você é tão linda e eu sou tão rude, mas obrigado por invadir meus olhos e me encantar sem nada exigir!
Marco Polo também se levantou. Foi até uma árvore próxima, abraçou-a, beijou-a e disse algumas palavras em voz audível:
- Você é tão forte! Suportou tantas tormentas. Mas fortaleceu-se e hoje dá sua sombra gratuitamente para mim que sou tão frágil. Obrigado por sua perseverança!

Pag. 43

(...)


Uma pessoa que se suicida não deixou de atuar no mundo social, afirmou Marco Polo. O ato
do suicídio alterou o tempo dos amigos e parentes e, principalmente, despedaçou a emoção e a
memória deles, gerando vácuo existencial, lembranças e pensamentos perturbadores que afetarão
suas histórias e o futuro da sociedade.
- Ninguém desaparece quando morre. Viver com dignidade e morrer com dignidade deveriam
ser tesouros cobiçados ansiosamente. Portanto, o princípio da co-responsabilidade inevitável demonstra
que nunca podemos ser uma ilha na humanidade. Jamais deveria haver a ilha dos norteamericanos,
dos árabes, dos judeus, dos europeus. A humanidade é uma família vivendo numa
complexa teia. Somos uma única espécie. Deveríamos amá-la e cuidar dela mutuamente, caso
contrário não sobreviveremos.

Pag. 87

Caro amigo Falcão,
Certa vez você me disse que tanto você como o Poeta viam a assinatura de Deus nas flores, nas
nuvens e também nas crises dos que possuíam transtornos psíquicos. Na época, pensei
sinceramente que isso era um delírio, que seria impossível encontrar beleza no caos. Pois bem,
você tem razão. Tenho encontrado indescritível riqueza dentro daqueles que sofrem. Eles não
são miseráveis nem passíveis de penúria. Precisam sim ser compreendidos, apoiados e
encorajados. Tenho encontrado um patrimônio psíquico de inestimável valor em meio às
lágrimas e desespero.
Nos portadores de psicose tenho descoberto uma criatividade espantosa. Embora os delírios e
alucinações os perturbem, eles revelam uma criatividade excepcional, uma engenhosidade
intelectual sem precedentes. Nem os melhores roteiristas e diretores de Hollywood conseguiriam
ter tanta imaginação. Pena que a psiquiatria clássica despreze o imenso potencial intelectual
deles.
A inteligência dos portadores de psicose maníaco-depressiva me assombra. São verdadeiros
gênios. Na fase maníaca, a excitação, a rapidez de raciocínio e o volume de pensamentos que
produzem os transportam para as nuvens, num estado de graça, longe da realidade. Nessa fase,
têm uma auto-estima exacerbada. Acham-se imbatíveis, revestidos de um poder sobrenatural.
Na fase depressiva, ao contrário, eles aterrissam sua euforia, seus pensamentos tornam-se
pessimistas, levando-os a se atolar em sentimentos de culpa e viver os patamares mais baixos da
auto-estima. Se aprendessem a pilotar seus pensamentos e a gerenciar o motor da sua
inteligência para não abandonarem os parâmetros da realidade, brilhariam mais do que qualquer "normal". Infelizmente eles são incompreendidos, tanto por eles mesmos como pela
sociedade em que estão inseridos.
Entre as pessoas deprimidas tenho encontrado rara sensibilidade. São tão sensíveis que não
possuem proteção emocional. Quando alguém as ofende, estraga-lhes o dia, a semana, o mês e,
às vezes, a vida. São tão encantadoras que, sem ter consciência, vivem o princípio da coresponsabilidade
inevitável de maneira exagerada. Por isso, perturbam-se com o futuro e
sofrem intensamente por problemas que ainda não aconteceram. Preocupam-se tanto com os
outros que vivem a dor deles! São ótimas para a sociedade, mas péssimas para si mesmas. Falcão,
eu não tenho dúvida de que, se os líderes políticos tivessem uma pequena dose da sensibilidade
que as pessoas deprimidas possuem, as sociedades seriam mais solidárias e menos injustas. Sinto
que minha emoção éfria e seca quando comparada à deles.
Entre os que têm síndrome do pânico, tenho encontrado um desejo invejável de viver. Quando
um ataque de pânico os atinge, o cérebro deles entra em estado de alerta tentando protegê-los de
uma grave situação de risco, um risco virtual. Ficam taquicárdicos, ofegantes e suam muito,
procurando fugir da síncope ou da morte, uma morte imaginária que só existe no teatro das
suas mentes. Se aprendessem a resgatar a liderança do eu em suas crises seriam livres do
cárcere do medo. Quem dera os usuários de drogas, os que vivem perigosamente, os terroristas,
os que promovem guerras tivessem a consciência da finitude da vida e da grandeza da
existência que os portadores da síndrome do pânico possuem. Apesar do sofrimento imposto
pelo pânico, são apaixonados pela vida. Queria amar a vida como eles amam, viver cada
minuto como se fosse um momento eterno.
Falcão, você tem razão em me dizer que a sociedade é estúpida. Realmente ela valoriza a
estética e não o conteúdo. Estou decepcionado até com as pessoas aparentemente cultas. Não
percebem que cada ser humano e em especial os que sofrem transtornos psíquicos são jóias
únicas no anfiteatro da existência.
Meu desafio como psiquiatra não é apenas medicá-los ou fazer sessões de psicoterapia, mas
mostrar a eles que a flor mais exuberante brota no inverno emocional mais rigoroso. Os que
atravessaram seus desertos psíquicos e os superaram tornaram-se mais belos, lúcidos e ricos
do que eram.
Não é isso o que aconteceu com você, meu dileto amigo? Através do drama da sua psicose
você expandiu a sua nobre inteligência e se tornou um mestre, meu mestre. Agora, meus
pacientes me ensinam. Em alguns momentos, aprendo mais com eles do que com meus
professores. Espero que nunca morra minha capacidade de aprender.
Procurei especializar-me em psiquiatria para conhecer a fascinante personalidade humana e
tratar das suas doenças. Entretanto, assim como você questionou o que era a loucura, tenho me
questionado muito sobre o que é a saúde psíquica: Quem é saudável? São saudáveis meus
colegas psiquiatras incapazes de receber seus pacientes com um abraço e um sorriso? São
saudáveis os pais que ouvem os personagens da TV, mas não conhecem os temores e as
frustrações dos seus filhos, nem têm paciência com seus erros? São saudáveis os professores que
se escondem atrás de um giz ou de um computador e não conseguem falar de sua própria história
com seus alunos? São saudáveis os jovens cuja emoção é incapaz de extrair muito do pouco, cujos
prazeres são fugazes? E os que batalham para ganhar dinheiro, mas não sabem lutar pelo que
amam, são eles ricos ou miseráveis?
Tenho também questionado minha própria qualidade de vida. Pensei que eu era saudável, pois falo o que penso, luto pelo que amo e procuro proteger minha emoção, mas descobri que
conheço apenas a sala de visita do meu próprio ser. Falta-me tolerância, afetividade, sabedoria,
tranqüilidade. O dia que deixar de admitir o que me falta estarei mais doente do que meus
pacientes. Obrigado por me ensinar que sou apenas um caminhante. Há muita estrada a
percorrer...
Do seu amigo e admirador, Marco Polo.
Pag. 133




O casal saía com freqüência, e cada encontro era especial, mas um deles foi inesquecível. Certa
noite, Marco Polo manifestou a intenção de dar-lhe um presente marcante. Saiu do perímetro
urbano e levou-a para o campo. Parou o carro e convidou-a a sair.
Pegou em suas mãos e foram andando pela estrada. Enquanto caminhavam, chamou a atenção
de Anna para a harmonia da natureza.
- Todos os dias as flores exalam perfume, a brisa toca as folhas, as nuvens passeiam obscuras,
mas não prestamos atenção. Ouça a serenata de grilos! É um magnífico show incessante.
Vendo a sua maneira simples de encarar a vida, ela perguntou:
- O que é a felicidade para você?
Surpreendendo-a, ele a assustou, dizendo:
- A felicidade não existe, Anna...
Apreensiva, ela subitamente inquiriu:
- Você me amedronta! Qual é a esperança para os que vivem na miséria emocional? O que
posso esperar da vida, se tive tanta riqueza exteriormente e tão pouco dentro de mim?
Marco Polo completou:
- A felicidade não existe pronta, não é uma herança genética, não é privilégio de uma casta ou
camada social. A felicidade é uma eterna construção.
Respirando aliviada, ela indagou:
- Como construí-la?
Como um contador de histórias que passeia pela psicologia, ele fitou seus olhos e discorreu:
- Reis procuraram aprisionar a felicidade com seu poder, mas ela não se deixou prender.
Milionários tentaram comprá-la, mas ela não se deixou vender. Famosos tentaram seduzi-la, mas
ela resistiu ao estrelato. Sorrindo, ela sussurrou aos ouvidos de cada ser humano: "Ei! Procureme
nas decepções e dificuldades e, principalmente, encontre-me nas coisas anônimas da
existência." Mas a maioria não ouviu a sua voz, e os que a ouviram deram pouco crédito.
- Que lindo! Fale mais sobre o que é ser feliz, meu imprevisível poeta.
- Ser feliz é ser capaz de dizer "eu errei", é ter sensibilidade para falar ”eu preciso de você", é
ter ousadia para dizer "eu te amo".
Lembrando de seu pai, ela expressou condoída:
- Muitos pais morrem sem jamais ter coragem de dizer essas palavras aos filhos. Esquecem das
coisas anônimas.
- É verdade. Tropeçamos nas pequenas pedras e não nas grandes montanhas.
Olhando para ele num clima de terno amor, ela falou de alguns temores reais e não frutos de
sua doença. Como amava a poesia, também usou a inspiração.
- Obrigada por você existir. Mas tenho medo de que o nosso amor se evapore como o orvalho
ao calor do sol.
- Em alguns momentos, eu a decepcionarei, em outros você me frustrará, mas, se tivermos
coragem para reconhecer nossos erros, habilidade para sonharmos juntos e capacidade para
chorarmos e recomeçarmos tudo de novo tantas vezes quantas forem necessárias, então nosso
amor será imortal. (...) Em seguida, quis dar algo forte, único, inesquecível, que marcasse aquele momento e fosse
capaz de simbolizar tudo o que ele sentia por ela e revelasse o tipo de homem que ela encontraria.
Um homem incomum tinha de dar um presente incomum.
A lua estava minguante e o céu límpido. Abrindo os braços, ele perguntou:
- Anna, olhe para o alto. Observe o teatro incompreensível do universo. O que você vê?
Curiosa, ela respondeu:
- Vejo lindas estrelas.
- Escolha uma estrela.
Ela sorriu. Havia milhares de estrelas invadindo sua pupila. Anna escolheu uma estrela
brilhante do lado esquerdo do firmamento.
- Escolho aquela - disse, apontando.
- De hoje em diante aquela estrela será sua. Mesmo quando seu céu estiver coberto pelas
tempestades, aquela estrela estará brilhando dentro de você, mostrando os caminhos que deve
seguir e revelando o meu amor.
 Pag. 210

O futuro da Humanidade - Augusto Cury.


Lendo este livro, aprendi: Que eu, tecnicamente já sabia, que a vida é uma só. Corremos riscos, sofremos, amamos, choramos, mas mesmo assim, devemos ter esperança de que um dia irá acontecer algo revolucionário em nossas vidas. O melhor a se fazer, é continuar vivendo e não abandonar as pessoas que mais amamos e que também nos amam. Cada ser humano pensa de um jeito, cada vida, é uma caixinha de surpresa.

Darin M. Roman.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

We know


"O que eu senti por você nunca foi algo completo, com momentos de retribuições, com brigas e tristezas... E tudo que não se completa, existe até ter um verdadeiro final, e o pior: Nada tem um final antes de ter um começo. Nunca tivemos um começo, e isso -algumas vezes- me torna frágil perto dos meus sentimentos por ti. Eu creio que, caso ele não tivesse aparecido antes na minha vida, eu estaria aos seus pés como nunca, por que quando leio que você me ama, sorrio. Me conforta tê-lo de algum modo, e agradeço todos os dias por ter encontrado alguém de tão boa alma como você. Tu sabes, és como um anjo na minha vida e eu realmente o amo. Apenas isso...

terça-feira, dia 11 de maio de 2011,
Ilona Iawanska."

Recordações boas, daqueles que sempre se pode amar.
Lembranças boas, que nem o tempo pode apagar.
Take Me To L.A.