quinta-feira, 28 de abril de 2011

Três horas em uma vida.

Sentado no ultimo banco, estava eu, olhando para o vazio enquanto esperava por ela.


- Oi, acorda.. - Ela soltou um riso.
Não consegui dizer nada quando ouvi aquela voz.. A única reação que tive, foi me levantar rapidamente e abraçá-la com força. Não queria largá-la e ficamos lá durante alguns segundos abraçados em meio daquela gente, e pensar que naquela hora eu não pensei nisso. Para mim e talvez para ela também, eram apenas nós dois naquela estação de trem. O mundo parecia apenas nosso. Meu e Dela.
Mesmo depois que eu a soltei, continuei calado. Pela primeira vez na vida, eu havia ficado com receio de falar alguma coisa indevida. Eu temia estragar nosso encontro. Mal eu me reconhecia. Eu estava... Besta. Só por tê-la ao meu lado.
Deixei que ela me conduzisse até estação à fora. Rimos, brincamos, discutimos.. Era fácil se distrair com ela por perto. Ela era praticamente o meu outro Eu. Falava em gírias, zombava das coisas, fazia piadas, fazia drama... Praticamente o Travis na versão feminina. Andamos e conversamos durante muito tempo.. Teve até uma hora em que estávamos falando sobre os pais dela, em seguida falou algo como não me recordo bem, mas era como se tivesse me mandado embora, então eu disse; "Tudo bem, eu vou." e caminhei em direção a estação. Ela não disse nada, apenas ficou parada lá, perplexa. Parecia que ela não acreditava naquilo que estava vendo. Quando olhei para trás e a vi paralizada.. Aquele rosto.. Aquele olhar de tristeza, impossível não sentir dó. Voltei para onde ela se encontrava, tive vontade de abraçá-la, apertá-la, mas me segurei. Andamos e conversamos mais um pouco até dar a hora de eu partir, pois se eu não fosse aquela hora, não teria mais trem para ir embora. Entramos mais uma vez na estação e sentamos no penúltimo banco.
Lembro-me que quando o trem chegou, foi triste, tanto para mim quanto para ela. Me levantei e novamente a abracei com toda força de meu ser. Era triste aquela cena, parecia um filme.. Parecia que jamais iríamos nos ver novamente. Entrei no trem e observei ela ir embora enquanto falava ao telefone com seu Pai. Quando finalmente sentei no banco, fiquei pensativo. Eu estava admirado, não só pelo fato de ela ser atraente, interessante e parecer comigo, mas sim porque eu a amava.

Cheguei em casa uma e meia da manhã. Mas aquelas três horas com ela, foram as melhores três horas da minha vida.

Take Me To L.A.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Song.

Your Favorite - T. Mills feat. Dev.




quarta-feira, 20 de abril de 2011

Livro.

(...)

- Sim, sou vendedor de sonhos

Confuso, Júlio César, por alguns momentos, pensou que o homem que estava diante de si fosse um vendedor ambulante. Ou um vendedor de ações da bolça. Mas, com aquelas idéias, parecia impossível. Curioso, questionou-o.
- Como assim? Que produtos você vende?
- Eu procuro vender coragem para os inseguros, ousadia para os fóbicos, alegria para os que perderam o encanto pela vida, sensatez para os incautos, críticas para os pensadores.
Júlio César, num rompante de orgulho, lembrando-se do tempo em que se sentia um deus por ter vasta cultura acadêmica, disse consigo: "Não é possível! Estou tendo um pesadelo. Acho que já morri e não percebi. Num momento eu queria tirar minha vida porque estava preso no novelo dos meus conflitos. Noutro, estou mais perturbado ainda porque estou diante de alguém que me resgatou e diz que vende o que é invendável. Vende o que todos procuram mas não existe nos mercados". E, para sua surpresa, o estranho completou:
- E para os que pensam em pôr um ponto final na vida, procuro vender uma vírgula, apenas uma vírgula.
- Uma vírgula? - Perguntou, confuso, o sociólogo.
- Sim uma vírgula. Uma pequena vírgula, para que eles continue a escrever sua história.

O vendedor de sonhos - Augusto Cury

Samba.


 (...)
Ah! Você não mereceu
Amor igual ao meu
Era prá ser guardado
Você não cumpriu
Os mandamentos
E tanto mentiu
Que conseguiu!
Tudo acabado...

Vai! Quero viver em paz
Você pisou demais
Meu coração sofrido
Eu volto prá orgia
O meu mundo proibido
De onde eu nunca
Devia ter saído...
  Zeca Pagodinho - Alto lá

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Till the end.


- Então... Você vai mesmo embora da minha vida?
- Não irei porque quero,  vou porque é preciso, para o nosso bem.
- Não consigo ficar bem sem você. Quero dizer, sinto sua falta... Gosto de tê-lo por perto.
- Também gosto de estar perto de você. Me faz bem, só não me completa por inteiro, pois sei que você não me ama com a mesma intensidade.
- Mas te amar não é o bastante?
- Seria. Se eu não te amasse com a minha alma.
- ...
- Mulher.. Já ouviu falar na história de Davy Jones?
- Não. Nunca. O que tem de especial nela?
- Ela é mais ou menos assim:
"A lenda diz que Davy Jones era o senhor do mar, e que poderia dar aos marinheiros que se encontrassem à beira da morte - devido a acidentes com suas embarcações - o poder de viver por 100 anos como membro de sua tripulação, ou até mesmo como parte de seu navio. (...) Mas o que todos cobiçavam era a contra proposta que perseguia a lenda de Davy Jones. Dizia-se que quem conseguisse a chave, a localização e o próprio baú da morte de Davy Jones, onde jazia seu coração arrancado pela mágoa do amor, e ainda pulsante, poderia controlar o mar - pois Davy Jones era o próprio mar."

- E que esta história tem haver com este momento?
- Assim como ele, guardei meu coração dentro de um baú, só que no meu caso, a chave está com você. Agora ao contrário de Davy Jones, não importa onde quer que eu vá, nem o quão longe estivéres, meu coração sempre estará em um baú, esperando-te até o fim.

Take Me To L.A.

A little talk

C: O que está fazendo?
D: Escrevendo.
C: Escrevendo o que?
D: Palavras ditadas pelo coração.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Today, i was thinking...


3:19 da manhã, foi tomar um banho.

Sentou-se no chão ainda de roupa, deixou com que a água caísse em seu rosto e percorresse seu corpo.
"Que cena mais ridícula" Pensou. Parecia mais um bêbado tentando melhorar a ressaca, mas antes fosse... Enquanto a água lavava alma daquele ser, assim como a chuva fazia, as lágrimas percorriam seu rosto, mas qualquer um que o visse naquele estado, a ultima coisa que iria imaginar, é que estava lacrimejando.

- É triste, torturante lembrar deste sentimento.
- Antes, você era feliz. - Ouviu uma voz meio distorcida do outro lado da porta.
- Eu costumava ser. - Ele disse, ainda distraído, pensando ser apenas vozes da própria mente.
- Foi eu quem te deixou assim...? - O tom da voz dela era de dor, parecia angustiada. Mesmo assim, não hesitou, e abriu a porta com cautela. - O que você está fazendo..? - Perguntou assim que o viu no chão, todo molhado e ainda com roupa.
- Refrescando a mente. - Soltou um sorriso irônico sem se quer olhar nos olhos dela.
- O que houve com você..? Não o reconheço mais.
- Perdi o motivo de viver, não posso voltar mais atrás.
- Olha pra mim.
Ele ergueu o rosto e a mediu. Se assustou no momento em que viu a mão direita dela.
"Uma mala?!"
- O que você perdeu? Me diz. - Ela deixou o que carregava no chão e caminhou de vagar na direção que ele se encontrava.
- Eu... - Ela sentou sobre as pernas dele e olhou fixamente nos olhos dele. - ... perdi você?
- Se tivesse perdido, eu não estaria aqui, sentada em seu colo.

Antes que ele pudesse argumentar, ela o calou com um beijo apaixonado.

Take Me To L.A.

First love.


Saudades dos velhos tempos. Tempos que não voltam mais.

"Kelsey: Que perfeito você. Já vou avisando, não sei cozinhar, mas sei amar e só quero amar você. ._."


Primeiro amor, de 2005 à 2009.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Für dich.

(Direitos autorais da foto: Flickr ByJeroen)

- Só passei para dizer que não te amo mais.
- E aquele amor todo que dizia sentir?! Sumiu assim, do nada?! Que bom pra você, não é?!
- Mulher, olha bem para mim. Eu pareço estar bem?
- Você parece acabado.
- E estou.
- Primeiro de Abril... ?
- Sim..
- Hum...
5 minutos de silêncio...

- Hoje é o dia da mentira, mas quando eu disse que meu coração seria sempre seu, eu não estava mentindo.

Take Me To L.A.