quarta-feira, 28 de março de 2012

Sonho


Na rua Augusta, alguns amigos e eu, estávamos na calçada, de frente de um bar, conversávamos, bebíamos. Eramos em quatro, um colega, a namorada dele, uma amiga e eu. Alguns minutos depois, escorei-me no muro, foi quando a vi de mãos dadas com outro cara, caminhando na mesma calçada que eu. 
Seus olhos se encontraram com os meus, a expressão do rosto dela mudou, ficou pálida, como se tivesse visto um fantasma. A cada passo que eles davam, mais se aproximavam de mim. No momento em que eles estavam bem na minha frente, passei a mão no braço dela, deslizei até chegar na sua mão e então, segurei, fazendo assim como seu corpo voltasse. Ela olhou para mim e paralisou. Eu sabia que ela ainda me amava, pois eu a amava também, fui o primeiro a quebrar o silêncio.
- Oi, Maíra. Passa assim por mim e nem se quer dá um "oizinho"?
- Dew... Desculpa.. Oi. 
- Oi. Você está bem? O que faz aqui? Nem sabia que estava em São Paulo.
- Estou bem.. E você? Eu não te avisei, porque vim apenas passear.. - O cara ao lado dela, estava começando a ficar incomodado com a situação e provavelmente, também estava com ciúmes, pois ela agiu como se ele nem existisse e nem o apresentou para mim.
- Maíra, vamos. - Ele a puxou pela mão, eu continuava segurando a outra mão dela, ela o ignorou e por causa do gesto dele, soltou sua mão da dele.
- Eu senti sua falta, mulher. Eu ainda te amo e sei que me ama também. Vamos dar outra chance para nós? - Puxei de leve sua mão para que seu corpo ficasse mais próximo ao meu.
- Eu não sei se será uma boa ideia... Não quero me magoar de novo.
- Eu não vo... - O cara colocou a mão em meu tórax. Olhei bem nos olhos dele, era um olhar de ódio, frio. - Acho melhor você tirar a mão de mim, amigão.
- Eu nem te conheço, e você quer roubar minha mina? Quem você pensa que é?
- Pra início de conversa, ela nunca deixou de ser minha, ou seja, ela nunca foi sua. Agora tira a porra dessa mão suja de mim, seu otário.
- Dew, pára. Vai embora. Eu passo na sua casa mais tarde. - Disse ela enquanto colocava a mão em mim, tentando me acalmar e tirando a mão dele do meu corpo.
- Eu não vou sair daqui sem você, Maíra. Nós precisamos conversar.
- Espera um pouco. - Ela o puxou de canto, começaram a conversar, pelas expressões faciais dele e pelo olhar que me fuzilava, não era coisa boa para ele, no mínimo devia estar "terminando" o que eles tinham. Só em pensar nisso, automaticamente eu sorri. 

Vi ele virar as costas e ela voltou a olhar para mim enquanto caminhava na minha direção. "Minha amada. Como eu pude deixá-la ir?! Agora eu jamais a deixarei!" - Pensei comigo mesmo.
- O que você disse a ele?
- Eu não devia te dizer, porque você vai ficar se gabando, mas eu sei que se eu não disser, ficará bravo.
- Você me conhece como ninguém. - Ri com malícia. - Continue.
- Eu disse para ele ir embora, pois desde o início, deixei claro a ele que eu ainda amava você e que o que eu e ele tínhamos, não era nada, nem ao menos um relacionamento, que éramos apenas ficantes e que eu precisava resolver alguns assuntos com você.
- Eu te amo, Maíra.
- Eu também te amo, Dew. Agora vamos para sua casa.
- Vamos para a "nossa" casa.
Dream

Take me to L.A.

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