Take Me to L.A.

Sentei-me sobre a cama e comecei a refletir.

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- Pergunte a si mesmo. - Falou uma voz no meu subconsciente.

- O que você está fazendo? - Perguntou outra voz.

- O que eu estou fazendo?! - Eu disse em voz alta.

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A imagem dela começou a atormentar minha mente. Ela era o foco, o centro das atenções, era perturbardor não tê-la para mim. Foi ai que eu lembrei da ultima discussão que tivemos.

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"- Você tem algo pra me dizer?

- Já disse que nada do que já não saiba. Você finge ter sido difícil, mas para você nunca foi, não é mesmo?

- Você sempre acha que só você sofre. Que só pra você foi difícil. Agora fica fingindo estar feliz.

- Eu gosto dela.

- Sabia.

- Sabia o que?

- Que você gosta dela. Gosta.

- Faz diferença? Não.

- Faz o que você quiser, só queria que soubesse que você me machucou profundamente hoje. E eu não costumo esquecer esse tipo de coisa.

- Você fala como se você nunca tivesse me machucado. Você me iludiu, me deu esperanças e no fim preferiu me deixar. Eu respeitei o que você quis, então me afastei.

- Eu estava me testando... Queria ver o que eu realmente sentia. Enfim, isso não é importante pra você.

- Está feliz agora?

- Não quero que saiba a verdade. Tchau, Benjamin."

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Era a hora de partir para sempre, abandonar todos estava sendo a melhor opção.

Sem dizer nada, caminhei até a porta aberta a espera da minha partida. Quando cheguei no corredor, senti receio de olhar para trás, medo de me virar e me deparar com os olhos vagos e uma expressão de desprezo. Sendo que o que eu realmente queria, era ver aquela moça linda pela qual me apaixonei e amei, que provavelmente agora estaria triste pela minha partida. Mas sabe como é, o sabor da dúvida é sempre bom, seguro e às vezes menos doloroso. Talvez no fundo eu sentisse que se eu olhasse, seria o olhar frio, o qual eu poderia receber esse olhar com ar de caçoação por qualquer pessoa menos dela, me doeria na alma caso isso acontecesse. Por isso então fui embora, sem se quer olhá-la pela ultima vez. Sem se quer dar um Adeus.